terça-feira, 31 de maio de 2011

Sombras de um Canto...





Quando a dor é mais forte que a vida
Quando a vida é mais insignificante que a própria existência
Quando o tempo é desnecessário para se sentir velho
Quando a juventude não é quesito para tropeçar.

O anjo mais tentador se transforma no maior dos pecados
O rubro de um rosto é sentido
Por um tapa
Ou por vergonha.

A lamina que ceifa minha alma não é real
A provocação que me chama para dançar
É tão ilusório
Quanto minha própria e vil existência.

Angustia é apenas uma maneira
De viver o cotidiano
De existir
De prolongar isso que se chama de vida.

Gritar é um meio de falar
A voz que embarga
Falha
É um meio falho de dizer eu amo... eu existo.

Quando posso descansar ?
Quando posso existir?
Quando posso deixar meus ossos em paz ?
Quando me cortar vai saciar minha sede de caluda?

Ceife minha alma...
Retire os pedaços...
Faça-me sangrar ...
Que essa sangria retire tudo que me destrói...

Porém continuo...
Existo como uma sombra ridícula e amarga...
Sofrível e pequena ...
Em uma existência... que existência ?

Um comentário:

  1. Andryus, mais uma vez consegue mergulhar na alma do leittor e através de suas proprias reflexões, capiturar o âmago das questões que são inerentes a todos, como as angustias da vida. Meus parabens

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