segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Desafio...


Aqueles que me acompanham aqui está...
Esse humilde ser está participando de um concurso de contos...
12 contos em 12 meses...
O primeiro já está pronto saído do forno... esperando a data de publicação 30/01...
Devo agradecer a todos que me apoiam para continuar... Me criticam e estimulam a ser melhor.
Espero que gostem... 
Outros participantes listo aqui em baixo...
Que o desafio comece...

Os Blogs dos participantes são:

http://conversasdealcova.com
http://academialiterariadf.blogspot.com.br/
http://literafeto.blogspot.com.br/
http://www.klaryan.com
http://Umnovo-roteiro.blogspot.com
http://cafemacaca.blogspot.com.br/
http://www.devaneiosdepapel.com.br/
http://www.literamusicas.com
http://casadeagoras.blogspot.com.br/
http://aconstantinobrandao.blogspot.com.br/
http://ashra0arok.blogspot.com.br/
http://sem-roteiros.blogspot.com.br/
Pandinando
http://sonhosdealkemy.blogspot.com.br/
http://www.maisumblogsobrelivros.com
http://porumlivronavida.blogspot.com

Vê . . . ?



" Vê ?
Sou esse monstro
Disforme e perdido
Uma figura horrenda...

Um homem
Sofrido, amargurado
Moído, massacrado, dilacerado
Retrato desfocado, foto em negativo...

Sobrevivendo
Triste
Empurrando tudo
Todos...

Conselheiro e consciência
Ninguém quer escutar
Não há interesse
Para que ouvir outros problemas...

Coração partido
Amargo fim
Guerreiro ferido
Sangrando, sem cuidados, sem parceiro...

Engraçado é servir a todos
Mas estar cercado de solidão
Um lobo deixado para trás
O omega, ferido, esperando a morte...

Monstro caminhando pelos cantos
Figura desforme
Tantas cicatrizes
Tantas formas de decepcionar...

Peso do mundo
Ridículo Atlas 

Acha que pode aguentar
Ser herói... Que piada...


Sonhos quebrados
Cada caco encravado
Na alma, na esperança
Infeccionando a cada novo dia...


As vozes que não se calam
Eu me transformei nessa piada
Nessa galhofa maldita
Canto obscuro...

Agora que já viu
Vá e me deixe
Ninguém pula no lago, é fundo
Ninguém encara o monstro, quanto mais

...ama-lo..."

domingo, 18 de janeiro de 2015

Sacudir...





“Você me ergue
Mas me derruba , tão fácil
Arranca meu melhor
E o meu pior, meu monstro
Minha doce Succubus Rubra
Você sabe domar minha fera
Como ninguém...

Você tão docemente me prova
Come, mastiga, saboreia
Sacia seus gostos com o meu
E agora estamos assim
Eu te olho
Minha amada me olha
E ficamos sem saber o que fazer...

Pode ser o melhor
Ou o melhor não exista
Todos os caminhos são “coração”
Então devo lutar, continuar
Quem sabe em um desvio
Esse caminho se volte pra mim
E possamos ser apenas felizes...

Mas tantas vezes me pego assim
Parado completamente sem chão
Travado
Tropeçando em meus próprios pés
Que loucura é essa
Me sinto tão perdido longe
Ainda existo, mas falta algo
Uma parceira de armas
Cúmplice eterna...

Mesmo que seja um dia
Ou apenas algumas horas
Volte para mim
Devolva minha base
Minha confiança
A esperança de amar
Um foco para ir
Minha estrela a guiar...

Me arranca as bases
Faz ter prazer em respirar

Porém se não for voltar
Arrance meu coração
Não deixe sobrar nada
Pois por mais que continue
É assim que vou me sentir
Com um enorme vazio
Só você consegue me sacudir...” 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Nowhere . . .



" A quem quero enganar ?
Para onde posso ir ?
Que lugar seria o meu ?
Quem amaria um monstro, como eu...


Tudo que toco apodrece
Um Midas invertido
Ouro dos tolos
Simplesmente o próprio tolo...

Recusado no inferno
Por ser bom, certo, conselheiro
Chutado dos céus
Ser um puto, tarado, pervertido...


Caminho perdido
Sem lugar para voltar
Sem traço de existência
Um fantasma a vagar...

Cansado de todo dia
Ofertar flores... Carinhos
Receber tapas e ofensas
Que vida é essa, pobre existência...

Posso correr
Não tenho para onde ir
Nem como me esconder
Apenas continuo para lugar nenhum...


Sem perdão
Maldito vadio
Incompetente

Lixo...

Lagrimas que não servem de nada
Como a própria luta
Crença em algo inexistente

Fé ridícula...

Sou um monstro
Quem vai amar ?
Quem  vai aceitar ?
Quem vai desejar?

Olho para minhas mãos
Sujas
Feias
Inábeis...

Agora vá
Deixe-me aqui
Sozinho e amargo
Em lugar nenhum... "



  

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Menina de fogo...



" Belo fogo
Queima
Altera

Muda...

Dama de vermelho
Provocante 

Menina abusada
Em sua aura de Lolita...

Todo prazer contido
Um olhar
Devorador
Enlouquecedor...

Afie suas garras
Em mim
Nas minhas costas
Brinque comigo...

Venha pequena felina
Cace com suas vontades
Permita o transbordar
De sua louca luxuria...

Engatinhe
Rebole
Traga seu presente
Entre os dentes, sorria com malicia...

Como não ensandecer

Com tanta beleza
Tanta fome
Devoção deliciosa...

Menina levada
Aprontando com meu coração
Inunde meu querer
Transforme minha vontade...

Bruxa jovial
Encante esse tolo lobo
Cante como uma sereia
Me consuma, Succubus Rubra...

Queime minha pele
Arda comigo
Em pleno ápice
Êxtase único... 


Altere minha realidade
Retira minha sanidade
Busque meu monstro
Desperte o lobo velho e faminto...


Mutante
Menina mulher
Pura e sádica
Devota e Lolita...


Faça tudo ferver
Sã febre
Simples borboletas no estomago
Fogo de desejo, de fome... de amor..." 



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Repetição...




" Quebrado
Jogado
Perdido

Sabor de amargo...

Aqui estou
Nessa queda
Um pássaro
Com as asas quebradas, novamente...

Ícaro
Em tola espiral
Chamas no corpo, esperança rasgada
Brilho intenso consumido...

Estou nessa reza
Não para morrer
Mas sim para parar de doer
Nunca mais o amargo me corroer...

Brinquedo quebrado
Sem interesse
Apenas um bolo de fios
E a marionete lá, encostada, imóvel...


Não me diga
Nem use o passado
Sou eu aqui
Vivo e sentindo... Nada é no passado...

Sou um livro todo
Não uma pagina a virar
Uma arvore frondosa
Não pode apenas me quebrar...

Em um labirinto de pensamentos
Tantos transtornos, contornos, vícios
Vozes a ofender, culpar, acusar
Dento de mim, faça elas pararem

Me interne no mais fundo calabouço
Me prenda, não permita
Sou apenas um lobo machucado
Um velho louco sem uma casa, sem nada

Trilha suja
Escura, perdição de tantos anos
Historia reescrita
Novos começos, lindos meios, tristes fins...


Parece que sempre tem que terminar
O bobo nunca será rei
O guerreiro  caído em sua fé
O conselheiro sem palavras... mudo...

Não me olhe assim
Não chore, faço isso pelos dois
Não me diga nada
Ainda escuto as juras e os carinhos...

Quebrado
Cada osso, sentimento
Pensamento e sonho
Cacos espalhados... despedaçados...


Jogado agora nas memorias
Tantos fantasmas
Tantas frases e sons
Musicas a combinar... Todas azuis...

Perdido em seus braços
Agora me faça ir
Queime até os osso
Não deixe sobrar nada...

Sabor amargo dessa vida 
Sempre tao triste
Solitária... Sozinha
Agora e novamente, amargo..."



domingo, 11 de janeiro de 2015

Tormenta...




" Não sei se conseguirei
Novamente testado
Jogado a tormenta
Quantas mais serão necessárias...

Navegando tanto tempo
Indo e vindo
As cegas ou plenamente consciente
Continuando...

Tantas provas já realizadas
Perdidas na areia do tempo
Todas já sem valor
Ouro de tolo...

Caminho como homem
Olhar e rosto erguido
Mas dilacerado
Derrotado no pior momento...

Navego nessas tramas
Pergunto até quando o pequeno barco
Aguentará
Resistirá o que virá...

Sozinho novamente
Não busco mais o farol
De momento apagado, dentro de si
Caminho distante...

Sinto vontade de soltar o timão
Cair no mar sem proteção
Permitir raios e trovões
Cortarem os céus, sonhos, destinos...

Não sei se consigo
Novamente em uma tormenta
Novamente sozinho
Novamente navegando em noites...
... interináveis..."

sábado, 10 de janeiro de 2015

Esvai...



Convite...




Dualidade...



" Encontro você em meus mais lindos sonhos
Nos mais densos pesadelos
Luxuriosos pensamentos
Venha saciar minha fome...

Busco, faminta por seu toque 
Ouço sua voz me chamar
          Em meus pensamentos
          Mais pecaminosos...

Dança deliciosa
Olhos vendados
Espadas a brandir
Laminas a rasgar, véu caído... 

Tua voz é um guia
Mãos a segurar
           Coleira inexistente
           Coração enraizado, devoto...


Parceiros de armas 
Em uma batalha eterna 
Como o amor imortal 
Vivo, intenso, sagaz, fluido...

Contra ponto delicioso
Costas com costas
            Até o fim dos dias
            Parceiros, amantes, amados...

Caminho partilhado
Caçador e caça
Amazona e herói
Rainha e tolo da corte...

Em suas mãos estou entregue
Em seus desejos sou barro a ser moldado
             Seus dedos hábeis a dedilhar o diamante
             Lapidar incorreto, educar, ensinar a viver...

Fome minha e sua
Loucura secreta
Poço de segredos
Busca simbiótica...

Caçadora a te encontrar
Succubus que te deseja
         Escolhe seu enlace 
         Seu mais puro e safado prazer para alimentar..."


Amargo Sonhar...



" Doce pesadelo
Sonhar que não acordo

Possuído por uma vontade 
Tanta pervertida fome...

Observando todos
Festa ou comemoração
Uma simples consagração
Coleira posta rito a cumprir...

Juras ou palavras
Apenas um Enlace
Congruência pecaminosa
Simbiose amada, amante...

Forma complementar
Pensar
Sentir
Querer e luxuriar...

Dança com laminas 

Sangue
Suor
Prazer pingado, sujo, casto...

Boca aberta
Voz muda implorando
Desejo reservado
Olhos famintos, perdidos, entregues...

Veja meu pior lado
Meu monstro mais pervertido
Sujo e imundo 

Aquele que todos fogem, ninguém quer... 

Agora é guiada
Cuidadora de mim
Seu dono, seu tesouro, seu mestre...
Uma troca justa...

Sonho pervertido
Apenas em olhares
Corpos nus se amando
Na frente de todos, apenas olhares...

Somos completos
Punho e coleira
Desejo e entrega
Querer e devoção, um homem e uma mulher...

Somos uno
Integrados
Unidos
Felizes...


Amargo Sonhar
Pesadelo que acordo para viver

Vontade que me queima e arde
Fome pervertida, tanta e incontrolável... Sua..."

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sins . . .



" Entro nesse poço
Todos meus pecados
A mostra
Abertos como grandes feridas
Vontades e anseios
Malditos quereres, proibidos
Mente insana a implorar mais
Vicio em um vazio
Tormenta longa...

Fome que consome
Gula deliciosa
Nunca saciada
Nem será
Alimente esse monstro
Perca sua humanidade
Acompanhe nessa dança
Sou um devorador de pecados...

Quero tanto
Tantas coisas
Perdidas e encontradas
Esquecidas e deixadas
Invejo
Ossos que ardem
Doem, músculos que contraem
Caminho sem volta...

Mãos habilidosas
Nada fazem
Mente agitada
Tempestade e espiral
Porem o corpo não sai
Não responde
Grito agudo, silencioso...

Nem com meu melhor terno
Nem com o melhor perfume
O monstro será diferente
Mascaras sobre mascaras
Labirintos
Emaranhados, tantas mentes
Tantas mentiras... 


Sim me odeio
Não suporto essa existência
O não encarar a face
Esquecer de quem realmente é
Não por medo
Mas desespero
Raiva de ser um verme
Um nada, somente nada...

Precipício
Ponto sem volta
Limiar da loucura
Fio de prata
Salvação ou simples danação
Um ultimo folego para o morto
Um suspiro traidor
Dadiva questionadora
Redemoinho de pecados..."


domingo, 4 de janeiro de 2015

Circo . . .



" É nesse picadeiro
Que morro a cada dia
Dia apos dia
Maldito dia...

Olho para o redor
Veja como é belo o espetáculo
Como é belo a carnificina
Quando minha mente me culpa, sempre...

Vejam esse picadeiro de derrotas
Todos a rir
Tormenta de maldições
Felizes ? Sempre um herói cai na serragem...

Minha trupe de falsas mascaras
Sorrisos e afagos
Tristezas engolidas
Engasgo de um grito de angustia, profunda...


Rasgue minha pele
Que o chicote vibre
Meus pecados são muito maiores
No fim não sou um mau jogador...


Anuncie que o palhaço chegou
Vamos todos nos iludir
Esqueçam que ele chora
Sente, vive, sofre... Vamos rir do tolo palhaço...


Um magico lento
Ditando seus movimentos
Sem coelhos da cartola
Sem espadas a errar, apenas a acertar...


Nesse cabaré de virtudes
Sonhos desgastados
Dança mal decorada
Esse é o circo, a vida...

Trapezista em pleno salto
Sem rede
Sem rumo
Sem glamour...

Comam doces
Aproximem para a queda
O grande leão vai devorar
O já cansado gladiador...

Sangue e serragem
Suor e tristeza
Triste vida, amarga existência
Nesse circo, cemitério aberto...

Aplaudam
Parem de mentir
Isso é o que vocês queriam
Sangue na serragem, o tolo herói caído..."