quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Nowhere . . .



" A quem quero enganar ?
Para onde posso ir ?
Que lugar seria o meu ?
Quem amaria um monstro, como eu...


Tudo que toco apodrece
Um Midas invertido
Ouro dos tolos
Simplesmente o próprio tolo...

Recusado no inferno
Por ser bom, certo, conselheiro
Chutado dos céus
Ser um puto, tarado, pervertido...


Caminho perdido
Sem lugar para voltar
Sem traço de existência
Um fantasma a vagar...

Cansado de todo dia
Ofertar flores... Carinhos
Receber tapas e ofensas
Que vida é essa, pobre existência...

Posso correr
Não tenho para onde ir
Nem como me esconder
Apenas continuo para lugar nenhum...


Sem perdão
Maldito vadio
Incompetente

Lixo...

Lagrimas que não servem de nada
Como a própria luta
Crença em algo inexistente

Fé ridícula...

Sou um monstro
Quem vai amar ?
Quem  vai aceitar ?
Quem vai desejar?

Olho para minhas mãos
Sujas
Feias
Inábeis...

Agora vá
Deixe-me aqui
Sozinho e amargo
Em lugar nenhum... "



  

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