" Quebrado
Jogado
Perdido
Sabor de amargo...
Aqui estou
Nessa queda
Um pássaro
Com as asas quebradas, novamente...
Ícaro
Em tola espiral
Chamas no corpo, esperança rasgada
Brilho intenso consumido...
Estou nessa reza
Não para morrer
Mas sim para parar de doer
Nunca mais o amargo me corroer...
Brinquedo quebrado
Sem interesse
Apenas um bolo de fios
E a marionete lá, encostada, imóvel...
Não me diga
Nem use o passado
Sou eu aqui
Vivo e sentindo... Nada é no passado...
Sou um livro todo
Não uma pagina a virar
Uma arvore frondosa
Não pode apenas me quebrar...
Em um labirinto de pensamentos
Tantos transtornos, contornos, vícios
Vozes a ofender, culpar, acusar
Dento de mim, faça elas pararem
Me interne no mais fundo calabouço
Me prenda, não permita
Sou apenas um lobo machucado
Um velho louco sem uma casa, sem nada
Trilha suja
Escura, perdição de tantos anos
Historia reescrita
Novos começos, lindos meios, tristes fins...
Parece que sempre tem que terminar
O bobo nunca será rei
O guerreiro caído em sua fé
O conselheiro sem palavras... mudo...
Não me olhe assim
Não chore, faço isso pelos dois
Não me diga nada
Ainda escuto as juras e os carinhos...
Quebrado
Cada osso, sentimento
Pensamento e sonho
Cacos espalhados... despedaçados...
Jogado agora nas memorias
Tantos fantasmas
Tantas frases e sons
Musicas a combinar... Todas azuis...
Perdido em seus braços
Agora me faça ir
Queime até os osso
Não deixe sobrar nada...
Sabor amargo dessa vida
Sempre tao triste
Solitária... Sozinha
Agora e novamente, amargo..."
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