quinta-feira, 12 de maio de 2016

Pior voz . . .



" Olá novamente
Como vai meu querido perdedor
O que foi dessa vez ?
Chorando e sozinho...

Não esquenta
Estou aqui
Afinal sou o único
Vamos conversar um pouco...


Você é um lixo
Incompetente
Um ser de merda
Com uma vida igualmente merda...

Suas capacidades são ridículas
Você é imaturo
Insuficiente
Sujo no mais amplo dos sentidos...

Um bebe chorão
Nocivo
Parasita vil
E muito mal estruturado...

Pervertido imundo
Antro de pragas
Pensamentos repetitivos
Louco de dar dó...

Acha mesmo
Que irá mudar algo?
Que algo irá mudar ?
Esqueça, seu destino é esse...

Continue olhando seus amigos
Esses pequenos frascos de alegria
Afinal encerrar tudo
É o que acontece quando o show termina...

Quantas vezes esteve aqui?
À beira desse precipicio
Ele a sorrir
Te convidar...

Sempre estive ao seu lado
Nunca me ouviu
Eu sempre a dizer
Fracassado...

Não fique nervoso
Afinal nunca resolveu nada
Alias nada nunca resolveu não é
Sempre trocado, humilhado, jogado...

Engraçado ver que você continua
Acredita que pode mudar
Não enxerga suas limitações?
Não vê que suas esperanças são vãs ?

Você acredita que tem momentos de paz
Porem depois cai
Cai como nada
Seu corpo se espatifa na realidade, bela vida...

Piada você é
E o pior
tenho que ficar aqui preso
Vendo esse cantar agonizante...

Pode desistir
Você sabe ?
Mas pode continuar lutando
Estou aqui, afinal eu sou você...

Adeus novamente
Saiba que você é meu querido perdedor
Pode continuar, respire mesmo morto
Chorando e sozinho..."

Meu monstro . . .




" Olhe para mim
Sou o que você mais teme
Aquele que te encanta
Mas por que motivo então foge ?

Venha se aproxime criança
Não farei mal
Há não ser que mereça
Merece ?

Venha mais perto
Sinta meu cheiro podre
Observo o asco e fascinação
Você é tão clara pequena...

Esse é o limite
Ninguem jamais passou
Ninguem jamais ousou me libertar
Não seria você a fazer, não é ?

Veja minha pele marcada
Tantos corte
Tantos já me machucaram
Tantos já me mataram, e eu continuo aqui...

Não desvie o olhar
Sou muito belo de longe, não é ?
Sou um bom companheiro a distancia ?
Não se incomode com minha risada, sou louco...

Sou isso
Esse conjunto de merdas
Esse lixo imundo
Que não vale nem a pena existir...

Eu me seguro cada palavra
Cada gesto
Afinal
Ninguem quer um monstro a andar...

Vamos encoste em mim
Não vou morder
Não no inicio
Afinal sei me portar...

Está com a mesma vontade
Arrancar o rosto
Sair gritando
Até o ar acabar do pulmão... Eu estou...

Maldito corpo inútil
Pedaço disforme
Maldita existência
Carne, osso e desejo...


Vamos ficar surdos
Ouvindo a musica
Até os ouvidos estourarem
Escorrer sangue, para não ouvir a verdade...


Posso moer os ossos
Quebrar pescoços daqueles que ofenderam
Daqueles que prejudicaram
Ou apenas difamaram...

Mas para que ?
Não é... Fracos não lutam
Ficam a esperar o destino
Ficam apenas parados...

Não me olhe assim
Não fique triste
Sou esse monstro
Esse oceano fundo que ninguem quer conhecer...

Mas um dia irei sair
Um dia terei formas e armas
Não sobrará nada
Apenas um belo apocalipse, um mar de beleza...

Se estou rindo? estou
Posso chorar, mas estou rindo
Um dia a mesa irá virar
O monstro vai sair...

Nesse dia, não vai importar
Afinal ninguem segurou minha mão
Ninguem olhou tempo suficiente
Ninguem aguentou...


Esse é o limite
Agora pode fugir
O monstro está aqui
Intocável...

Mas um dia irei sair
Tudo vai ser diferente
Eu serei o que sou
Sem me frear, sem amarras, sem pesos...

Fuja criança
Conte como foi ver o monstro
Como foi mágico, vivo e intenso
Afinal sou apenas uma historia, uma lenda, um morto..."

Bom dia . . .


" Hoje é um bom dia
Para ir embora
Deixar tudo para trás
Para apenas deixar de existir...

De que vale tudo isso
Tantas voltas
Tantas vitórias
Se o que vem são derrotas?


Quero dizer
Te amo
Fique aqui
Vamos lutar, juntos...

Na verdade digo
Seja forte
Seja você mesma
Seja intensa e brilhe...

De que vale tantas vidas
Lembrar de cada momento
Aprender e reescrever
Se caiu no mesmo poço...Sozinho...

É como correr em círculos
Tão longos que parece
Que estou em um novo caminho
Mas me leva a mesma dor... Mesma morte...

Quero fugir
Chorar até terminar
Sem ancoras para impedir
Que vá sem motivo, sentido, direção...

Ninguem tem dimensão
O quanto dói
O quanto amarga
Ser esse maldito conselheiro...

Sinto falta
De eras passadas
De vozes que acalentam
Das promessas cumpridas...

Agora e novamente 

Me afundo
Observo meu monstro
E percebo ele mais vivo...

E o que adianta ?
O que irá servir ?
Nenhuma lágrima irá lavar essa dor

Sou um zumbi... Morto em vida...

Deve ser meu pecado
Minha sina
Minha missão
Ou apenas uma loucura...

As vezes desejo tanto
Mas não o faço
Resisto a tentação
Para esses amigos fáceis digo não...


É um bom dia para partir
Sem olhar para trás
Sem ao menos dizer adeus
Ninguem vai sentir falta...


Afinal a vida é efêmera
Um devaneio jocoso
Onde quem muito sabe
Pouco é feliz...

Já estou cansado
De verdade
Tantos espelhos quebrados
Nenhum é o certo...

Mas hoje é mais um dia
Não há nada novo, não é ?
A mesma historia contada
Mudasse os personagens, mas mesmos fins...

As vezes peço tanto
Mas resisto ao caminho mais fácil

Não novamente
É um bom dia... Para ir embora..."




sexta-feira, 6 de maio de 2016

Segundo ato...


" Nossa velha cantiga
Dança ardente
Densa cumplicidade
Devoção e dominação...

Templo de entrega
Paredes silenciosas
Testemunhas
Dos mais luxuriosos pecados...

Do batismo em fogo e couro
Amarras cuidadosas
Cera quente
E o doce frio de brincadeiras com gelo...

Minhas mãos em plenos abusos
Marcando sua pele
Seu corpo
Te fazendo lembrar, meu monstro...

Óleo a confundir com suor
Escorrendo lentamente
Despudoradamente
Lindo pingar...

Nossos cheiros se mesclando
Vontades a se unir
Gemidos a confundir
Pleno e alvo êxtase...

Eu a guiar
Em suas águas mais profundas
Redescobrindo seus piores almejos
Desenterrando seu demônio faminto...

Meu provar demorado
Sorvendo
Degustando
Saboreando como é bom ser seu ...

Mão perdidas
Usadas
Serviçais, em um único objetivo
Seu prazer...

Pescoço apertado
Cabelo Puxado
União
Como dois animais sedentos...

Quantas vezes já dançamos?
Saciamos nossa luxuria
Intensa simbiose
Louca nossa maneira de não ser...

Sem um roteiro, rodeios
Seguimos apenas um querer
Você em minhas mãos entregue
E eu pleno somente seu...

Senhor de sua satisfação
Dono de seu gosto
Mestre de seu jubilo

Possuidor de seu gozo...

Demônio que me possui
Amante que rasga minha alma
Amada cúmplice  dona de mim
Mulher que me incendeia enfeitiça...

Por fim ambos exaustos
Completos
Abraçados
Como um, sorrindo, Satisfeitos..."



Primeiro ato...





" Vejo minha cria
Bela e linda
Esbelta
Exuberante como a fiz...

Aquela que lapidei
Cuidei
Nutri
Eduquei...

Cada tapa
Sermão
Bronca
Lhe tornaram única, um rubi à brilhar...

Minhas mãos
Já decoraram cada fenda
Cada momento e intensidade
De seu ser encantador...

Minha pequena manhosa
Seu ar cheio de desejo
Provocante
Armadilha aos desavisados...

Tome sua prenda
Meu presente
Desejo e felicidade
Satisfeito com o que observo...

Sinto sua respiração
Seu arfar perante minha presença
Seus lábios mordidos com deleite
A espera de sua dádiva...


Vou saciar sua fome
Matar sua sede
Lambuzar com seu gozo
Admirar sua saliva em pleno êxtase...


Venha engatinhe
Mostre como é devota
Como é minha
Minha pequena pervertida...

Abra a boca
Morda
Nossa brincadeira apenas
Está começando...

Sinta a guia
Meu puxar
Meu anseio
Entalhe sedutor...


Olhe em meus olhos
Esqueça o mundo
Agora e aqui
Só existe meu desejo e seu prazer..."


terça-feira, 3 de maio de 2016

Nosso encantamento...

 

" Me encante com sua dança
Seu movimento
Sibilar e tentador
Minha pequena travessa...

Anseio pelos nossos movimentos
Essa louca vontade
Corpos unidos
Vontades saciadas...

Fome de seus toques
Seus passos em mim
Cheiro pelo quarto
Mãos e boca...

Deleite é sentir sua presença
Envolvendo minha alma
Acalentando meu corpo
Provocando o monstro, sorrindo...

Utopia bela
Una em nossa simbiose
Sede desse vicio
Que tenho em você, apenas você...

Deixe-me viver esse devaneio
Louco sonho de luxuria
Prazer e querer
Nosso longo ápice, nosso cume...

Excêntrica forma de amar
Juntos distantes
Querendo e afastando

Insanos e sãos...

Voluptuosa vida
Intensa
Viva
Deliciosa como é...

Fique em meus braços
Acompanhe-me nesse bailar
Sinta o toque, espíritos unidos
Arrepio bom, único, suspiro longo...

Minha amada e amante
Loucura perfeita nas imperfeições

Demônio rubro que me devora
Se entrega e devota sorri...

Novamente nos pegamos dançando
Em êxtase, em pleno jubilo
Desfrute pecaminoso de almas perdidas
Encontradas em doce desfrute, apenas nosso..."


 

Carta da saudades...


"Hoje acordei com uma saudade
    Daquelas gostosas
    Quentes, que nos abraçam
   De momentos bons e intensos
   Saudades de nossa interação...

Seu rosto
   Sorriso solto que me encanta
   Olhos curiosos e amáveis
   Seu carinho
   Toque quente, tantos suspiros...

Perdido em seus braços
   Como sinto falta de seu beijo
   De me esquecer em seus braços
   Me perder em suas pernas
   Ser você meu cobertor...

Nossas mãos entrelaçadas
   Meio abraço quente delicado
   Beijos sem compromisso, canto dos lábios
   Um afagar lento nos cabelos
   Querer dizer sem palavras, estou aqui...

Tantos caminhos desconexos
   Idas e vindas
   Perdições
   Mas ainda te sinto
   Um fio de sanidade nessa minha loucura...

Seu amor e prazer
   Gemido solto em grito
   Corpo quente a me procurar
   Desejo insano que me alimenta
   Seu monstro que adoro devorar...

Saudades apenas saudades
   De mais ninguém
   De mais nada
   Somente um procurar
   Um explorar antigo, de você...

Hoje acordei pensando em você
   Cheiro, gosto, tato e calor
   Fui intenso sozinho
   Buscando você
   Minha saudades..."