quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Asas de um corvo...


"Cerco-me de incertezas
Vorazes e fugazes
Prazeres tão fúteis
Verdades tão frágeis...


Minha alma corrompida
Amarga com toda essa realidade
Quero gritar mas não consigo
Engasgado com minhas mentiras...

Deixe-me quebrar esse espelho
Será apenas mais uma fuga
Um belo voo do corvo
Deixe-me afastar essa verdade...

Não importa
O quanto me machuque
Sempre há dor
Sempre haverá esse livro escrito...

Quero voar
Esquecer de tudo mais
Liberte meu ser
Rasgue meu peito deixe voar...

Cansado de tanta dor
Tantos azares
Medos e fúrias
Nesse espiral sem fim... 


Olhe nos olhos desse corvo
Peça redenção
Confesse seus pecados, sua mentiras
Toda sua vida imunda, suja, falsa...


Não mais saída
Apenas uma longa queda
Um redemoinho, uma maldita tormenta
E agora? 


Ajoelho e me entrego
Deixo-me cair, flutuar com as asas
Desse corvo ou será um anjo negro
Levando-me para um bom lugar
Esquecer dessa passagem, tola vida..." 

Maldita saudades. . .



" Saudades
Faca que lambe minha carne
Corta minha alma
Triste fim para minha certeza...

Angustia velada
Solitária
Um querer
Que não pode ser alcançado...

Amarga vontade
Azedo gosto
Que fica e não sai
Sem solução...

Mãos calejadas
A esmurrar uma parede
Invisível e indestrutível

Maldita dor que não se esvai...

Um olhar para tempo perdido
Onde mais nada se encontra
Apenas uma árida realidade
Essa maldita saudade..."