quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Espirais

 

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A vida nos tira
A cada segundo
A cada momento
A possibilidade de vencer

Viver correndo
Morrer sofrendo
Torcer perdendo
Merecer chorando

Teias me entrelaça,
Amarrando meus sonhos e tristezas
Amores e ódios (ou iras)
Vitórias e derrotas

Emaranhados do destino
Versões, de versões, de versões
Cobras se contorcendo
Seu próprio rabo mordendo

Voltas em voltas
Perder ou ganhar
O que eu mereço?
Toques suaves ou espadas afiadas

Sopros amargos
Cheiros azedos
Toques frios
Estou morto, morrendo ou vivendo?

O lucro move o mundo
Move os amores
Move os passados
Reconstrói os futuros

Papéis são trocados
Amores são trocados
Juras são trocadas
E tudo isso é esquecido

Rezo para os demônios
Levarem minha alma
Que seu sofrimento
Não seja nada comparado ao meu

Juras são tão fúteis
Beijos são tão falsos
Amar é tão mecânico
Que goso tão inútil

Escrevo cartas
Refugiando em maskaras quebradas
Futilidades cobiçadas
Inutlidades socadas nas latas de lixo

Vou morrer sem entender
Sem ter amado ou desejado
Louco por ter sem ao menos sentir
Peço tão pouco e ao mesmo tempo tanto
Morro sem amor, sem ardor, sem pensar
Sem respirar, sem dor sem nada.

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