" Demônio rubra
loucura vestida de branco
maldita pecadora
tormenta obscura, sentida na carne...
Com suas garras me arrasta
para seu limbo
sua luxuria
implorando meu beijo, ignorando no quase...
Ceifa minha sanidade
facilmente
me joga aos seus pés
arranca minhas certezas...
Dançarina hábil
doce contorno
sinuoso querer
lentamente a ensandecer...
Sinto seus finos pés a pisar
prazer contido em cada riso
como cair
em tal maldita teia, tão atraente e tecida...
Vejo seus olhos um prazer sádico
a cada loucura
a cada postura
a cada nova suplica, um sonoro não...
Em seu brincar
minhas mãos são seus formões
vontade e anseio são madeira a queimar
toda minha libido é sua obra prima, desejar...
Sinto o esvair
saciada de sua fome
aplacada de sua sede
eu como resto jogado ao nada...
O lobo a um ponto de matar
a cobra em seu bote
o homem a atacar
e novamente seu encanto, nada faço, entrego...
Riso suave, armadilha
olhar sedutor, predador
toque quente, rede para os peixes
voz encantadora, prisão cheia de grilhões...
Doce demônio rubra
tão facilmente me coloca em um circulo
desespero e angustia, prazer e loucura
e simplesmente com um sorriso um afago
sou novamente cúmplice..."
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