domingo, 12 de fevereiro de 2017

Doce demônio...



" Demônio rubra 
loucura vestida de branco 
maldita pecadora 
tormenta obscura, sentida na carne...

Com suas garras me arrasta
para seu limbo

sua luxuria
implorando meu beijo, ignorando no quase...


Ceifa minha sanidade
facilmente 

me joga aos seus pés
arranca minhas certezas...

Dançarina hábil
doce contorno 

sinuoso querer 
lentamente a ensandecer...

Sinto seus finos pés a pisar

prazer contido em cada riso
como cair 
em tal maldita teia, tão atraente e tecida...

Vejo seus olhos um prazer sádico
a cada loucura 
a cada postura 
a cada nova suplica, um sonoro não...

Em seu brincar
minhas mãos são seus formões 

vontade e anseio são madeira a queimar 
toda minha libido é sua obra prima, desejar...

Sinto o esvair
saciada de sua fome 

aplacada de sua sede
eu como resto jogado ao nada...

O lobo a um ponto de matar 
a cobra em seu bote
o homem a atacar
e novamente seu encanto, nada faço, entrego...

Riso suave, armadilha
olhar sedutor, predador 
toque quente, rede para os peixes
voz encantadora, prisão cheia de grilhões...

Doce demônio rubra 
tão facilmente me coloca em um circulo
desespero e angustia, prazer e loucura
e simplesmente com um sorriso um afago
sou novamente cúmplice..."

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