sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cordas de Rabeca






Acordo de um sonho
Amanheço no meio da noite
Levanto e vou à janela, medonho
Levo a mão ao rosto, que má sorte

Corro pelo castelo
Encontro irmãos e amigos mortos
Filhos e filhas ensanguentados
Esposa e amada abusadas

Acordo de um novo sonho
Amanhece e ainda estou na cama
Levanto e lavo o rosto
Levo minhas mãos as roupas, onde estará minha amada



Pego minha rabeca
Refrão             Encontro cordas quebradas
Notas desafinadas
Um instrumento destruído

Acordo de mais um sonho
Passou do amanhecer e sinto-me cansado
Levanto e abro a janela
Mas percebo que vou morrer em breve

Canto uma música antiga
Encontro uma velha amiga
Sinto-me bem e alegre
Mar percebo que vou morrer em breve


Denovo...
Acordo...
Sinto...
Minto... Não tenho mais nada

Horas se passam
Mulheres me amam
Guerras acabam
As mortes me marcam

Amor me desculpe
Você chega, eu saio
Muito trabalho
Pouco descanso


Não consigo te amar
Não consigo pensar
Não consigo sonhar
Não consigo nem pai ser

Canto uma música antiga
Encontro um velho inimigo
Sinto-me triste e mal
Mas luto para não morrer


Pego minha rabeca
Refrão             Encontro cordas quebradas
Notas desafinadas
Um instrumento destruído

Volto para minha cama
Minha esposa rainha me beija
Tento dormir
Porém as cordas da vida
São sempre desafinadas



Nenhum comentário:

Postar um comentário