quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Déjà Vu. . .


" Muitas vezes gostaria de estar...
Parado... 
Entregue... 
Sozinho... 

Muitas vezes minha loucura... 
Entorpece... 
Amarga... 
Abala todas a estruturas... 

É como o coração calar... 
Coberto por cinzas... 
Pesadas e antigas ...
Melancolias e tardias ... 

Tão triste olhar a multidão ...
E ser sozinho... 
Percorrer tantos becos e vielas...
E ter seu pensamento como pior aliado...

Como se sentir bem ?
Como pensar em algo ?
Como amargar em doce?
Como viver em um êxtase torpe?

Triste eh estar acuado...
Passar fome ...
Estar com dor ...
Sofrer calado com um amor ... 

Ser figurante de sua própria vida...
Uma peça decorativa ... 
Piada sem graça... 
Abajur sem luz ... 

Leão engasgado...
Preso em sua jaula... 
Amargo em seu ego...
Faminto acuado ferido desesperado ...

Cacofonias verbais... 
Balbúrdia visual... 
Tumulto linguístico ... 
Lágrima derramada sem amparo... 

Um disco riscado...
Que toca ...
Mas erra e volta...volta... 
Volta...volta... 

Muitas vezes gostaria de estar... 
Parado..."

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