quinta-feira, 16 de abril de 2015

Carmesim pecado...




" Profundos mares
Aventura a desvendar
Loucuras, belezas
Tormentas e quereres...

Mar vermelho que adentro
Rubro céu a encantar
Em seus tons claros e escuros
Medo imemorial...

Sereia a cantar
Chamar meu nome
Dilacerar minhas vísceras
Desejar e ao velho lobo provocar...

Menina levada
Em voz
Curvas de mulher
Pensamento do mais perverso...

Corte profundo
Lento e prazeroso
Tatuagem na alma
Rosa vermelha, rubra macula...

Rodopiar em seu vestido
Provocando, querendo
Expressando seu real pedido
Minha mão a marcar, doce sereia entoando...

Lolita em voz
Lentamente atiçando
Falando saudosa
Gosto, cheiro, toque e complementação...

Unhas afiadas
Marca a pele do velho tolo
Tinge o tecido de sangue
O quarto de ecos de prazer...

Louca devassidão
Infecção de luxuria
Fome desbocada
Batom marcado, roupas, rosto, corpo...

Venha sereia cante
Venha mulher tome
Venha menina brinque
Venha demônio peque...

Rubro prazer
Luar vermelho
Luxuria em suor e gemido
Vicio carmesim a corroer...

Demônio vermelho
Santa  de manto carmim
Menina de capuz escarlate
Pura vontade cetrino..."

sábado, 11 de abril de 2015

Eu . . .



" Meus olhos já não aguentam mais
Como as costas doloridas
Tanta indiferença
Será que sou tão ruim?
Será que sou tão passageiro?
Apenas um brinquedo
Marionete de tantas vidas
Sempre a mesma historia
Ou como já disse disco riscado
Sempre o mesmo tom...

Será que sou um bom homem?
Será que sou ?
Minha alma tão despedaçada
Como esse tolo coração
O que ninguém percebe
Que cada dia ele está mais apático
Triste
Amargo
Nada e ninguém quer
Alias, só faz concluir que não vale
Não vale nada e nem a pena...

Sou um cretino
Sujo
Puto
Não merecedor de nada
Um lixo
Ouro de tolo
Isso que sou
Pesado e trocado
Solto no ar...

Apenas cansado... De verdade...
Não procuro mais motivos porque
Pois se encontrar tenho receio
De nada mais me segurar
Cansado de tantas coisas
De tudo sempre igual
Mudam as mascaras
Mesmas e mesmas historias
É dormir e esquecer mais um dia
Achar que amanha pode ser melhor
E sinceramente
Não é ..."

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Vicio meu...



" Santa pecadora
Demônio de luxuria
Redemoinho de desejo
Vontade pura, puta ânsia...


Carne a queimar
Fome visceral
Sede desvairada
Louca aspiração...


Marque minha alma
Seja meu alimento
Oferta seu mel
Empunhe suas armas, vamos dançar...

Rasgue minha pele
Sorva-me como néctar
Deixe seu mel cair, sacia-me

Suor mesclado, cheiros misturados...

Urre a cada nova aproximação
Anseie a cada afastamento

Olhe-me, implore, peça, enlouqueça
Gema a cada novo voleio, simbiose...


Menina pervertida
Casta fêmea
Bela e intensa
Vicio meu, bel paraíso...

Sinta minhas mãos em seu corpo
Tapas, apertões, mordidas e chupões

Pescoço, nuca, doces ancas
Meu lindo brinquedo, origami de porcelana...

Sussurre meu nome
Diga-me de maneira tão doce
Suas blasfêmias cheias de prazer
Entre belos elogios, ao seu...somente seu...


Dilacere meus valores
Retire os véus de minha moralidade

Quebre meus caleidoscópios
Abra meus esfomeados sensos...

Observe meu profundo lago
Caminhe no desfiladeiro
E pule sem nenhum medo

Afogue-se em meu pleno deleite... 

Desperta meu monstro
Lobo faminto
Tormenta louca
Fúria de desejo, louca devoção...

Dança revolta 

Prenda desesperada
Suor e prazer
Abençoado suspiro no final do ato...

Entrelace eterno
Inconsequente forma de amar
Bela entrega
Insana fome, atrevida e cúmplice...


Minha menina levada
Amada devassa
Alva pele em tons rubros

Minha perdição, meu céu e inferno..."



Queda do paraíso...



" Caiu de meu paraíso
Expulso
Asas cortadas
Fruta mordida
Pecado em pele
Alma em desejo
Corpo em fome...

Sem proteção vagueio
Um lobo desgarrado
Anjo caído
Punido por ser
Queimado por querer 

Jogos perdidos
Vísceras a borboletar
Cubra meus olhos
Faça a dor sumir...

Sem rumo caminho
Minhas tocam o céu
Agora proibido
Meus olhos vêem o Éden
Portas fechadas, dadiva recolhida
De que serve a sabedoria
Sozinho
Largado
Paria
Triste...

Busco o sabor
Aquele pecado devastador
Gosto de vida
Intenso mel
Vicio meu que entorpece
Ensandecido

Escuto as vozes
Tantos gritos
Gemidos de prazer
Uma festa
Qual não fui convidado...

Busco minha perdição
Minha Succubus de asas vermelhas 

Olhos vivos que me atraem
Cúmplice de minha fome
Vontade

Lobo a vagar
Tolo enamorar
Maldito homem a desejar


Paraíso perdido
Cego vendo a vida
Pássaro em gaiola
Fruta suculenta furtada

Rasgo na pele, tatuagem eterna
Atração querida interrompida
Mãos com mãos, abraço longo
Toque demorado, esquecido
Lembrança boa
Paraíso..."