desse jeito infantil de ver o mundo
pintar cores onde não existe
onde poderia acreditar em finais felizes...
Deixo para trás essa forma ridícula
de esperar o melhor
tentar sentir que pode, de algum modo,
dar certo, acreditar que tudo era mentira...
Mas veja
a realidade é simples
não vê porque não quer
não opina porque simplesmente, não se importa...
Cansei de usar uma mascara
sorrir e dizer está tudo bem
engolir seco os espinhos
para que a rosa ficasse com o príncipe pequeno...
Em seu mundo de faz de conta
sou o monstro
o usurpador
aquele que não tem mais nada, um rei caído...
Aliás será que tive ?
Será que não fui um fútil brincadeira
um degrau a ser pisado
um coadjuvante a sorrir sem importância...
Fácil não ler, fugir de tantas linhas descritas
paginas e mais paginas dedicada a uma pessoa
e a unica que não vê é ela
uma cega por opção...
Afinal se encanta com o frescor do novo
com o incompleto do passado
com a incerteza de um futuro
mas o presente, tolo presente, nada é...
Ser como a segunda voz de uma maldita banda
ser aquele dos quatro que nunca lembram o nome
ser um complemento, nunca o definitivo
ter tudo para ser, e apenas ser um segundo...
Um step
quarto lugar
um idiota que ninguém lê
um desesperado gritando socorro e ninguém acolhe...
Todos os outros são mais interessantes
todos os outros são mais completos
todos os outros são mais exuberantes
todos não são o que me mutilei para ser...
Do que adianta saber olhar
falar, agir, movimentar, limpar, até mesmo gozar
se sou apenas isso, um traste imprestável
um vagabundo passível de dó... repugnante...
Ache seu novo encanto, eu desisti
ache seu novo suspiro, eu me calei
ache seu novo prazer, eu me cortei
ache seu novo eu, eu já me perdi...
Perdi minha crença e minha fé, em você
desse jeito infantil de ver o mundo, no amor e em tudo
pintar cores onde não existe, sonhar alto ser feliz
onde poderia acreditar em finais felizes, mas não são meus
nunca serão...
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