“ Quando penso em desistir
Em me entregar
Me perder
Me fazer cegar
No meu momento mais negro
Na minha dor mais intensa
No meu mais profundo e triste
Pensamento...
Naquela maldita espiral
Vozes e cantos
Fracassos e pesadelos
Mal fazeres e benditos abusos
Meu proprio pensamento me macula
Me faz amaldiçoar quem sou
Quem eu desejo ser
Quem não quero ser
Sou aquele que rasga a propria carne
Que converge as possibilidades
Aquele que prova do doce veneno
Do proprio destino...
Penso que essa dor
Deve passar
Algum balsamo
Algum milagre que faça passar
Mas no fim tudo que vejo é minha lapide
Aquela que construi e moldei
Faço de minhas palavras
Minhas correntes que me travam
Sou um maldito
Aquele que deve sofrer ...
Amargar todas os vinhos
O Midas em reverso
Verso de minha destruição
Canto triste da phoenix em sua morte
Maldito tom que me deixa em cinzas
Que me faz perder ... perder
Quando penso em desistir... continuo
Em me entregar ... continuo
Me perder ... continuo
Me fazer cegar...continuo
Sou apenas um perdedor
Não sabe a hora de parar...
Não sabe que sonhos são apenas sonhos
Que no fim se está sozinho...”
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