quarta-feira, 26 de março de 2014
Areias do omega . . .
"Sinto meus pes
Areia que queima
Incomoda
Atrapalha
Depois de tantos dias
Noites e dias
Infindável mar seco, árido
Tormenta ocre, massacrante e bela.
Velho tolo
Em achar q suportaria
Destino tao cruel
Vida tão inútil
Cercado por escorpiões
Cobras a salivar
Animais apenas esperando
O tombo ... Somente a queda.
Tudo tão igual
Antinatural
Vontade voraz
De derrubar o rei
Afogo me nesse dilúvio
A movediça prende
Impede
Desistir eh uma carta ?
Esfomeado
Triste
Amargo
Levado
Tantas feridas
cicatrizes
Que se misturam
Sangue q derrama
Tantos jogos perdidos
Tantas esperanças
quebradas
Enterradas
Deserto de fracassos
Grãos de desilusão
Sementes podres
Arado quebrado
Areia turva
Maldição de longe vida
Garras e mandíbula
Na própria carne...
O lobo q fraco
E sem forças
Está cercado
Mas feliz pois ele eh o omega.
Canção triste
Que ressoa em uma pilha de espelhos quebrados
Que dissonante
Marca a queda... Compasso mudo...
Não sinto mais nada
Apenas um conforto
O último confronto
O último uivo do omega ..."
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