sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Imóvel . . .




" Tempos parados
Estáticos
Nota repetida
Um mar sem ondas...

Um céu puramente azul
Caminho sem pedras
Uma direção linear
Nem sempre a calmaria é boa...

Ergo as velas
Espero o vento
E nada
Puxo os remos e luto...

Abro o mapa
Faço a trilha
E nada
Ando, corro e não desisto...

Me sinto tão perdido
Sem forças
Ajoelhado implorando
Sozinho...

Ergo meu pesado corpo
Olho para frente
Não posso desistir
Não vou cair, não mais...

Também não vou ficar
Tenho que caminhar
Seguir em frente 

Por mais que os músculos ardam...

Inimigos sempre surgem
Dificuldades sempre aparecem
Improvabilidades
As vezes tão normais, devo continuar...

Corpo tão destruído
Admito minha incompetência
Cansado e suado...
Porem é ele que tenho e ele uso para vencer...

Sozinho sigo meu caminho
Não por não ter parceiros de armas 

Mas por ser essa minha missão
Esse é meu objetivo...

Devo me manter com minhas pernas
Olhar com meus olhos
Segurar o destino com minhas mãos
E sonhar meus doces sonhos...

Crio meus ecos
Deixo meu rastro
Componho minha sinfonia
Transformo as ondas de meu oceano...

Que os ventos me levem
Para onde eu quero ir
Que o mapa
Seja certeiro e encontre meus tesouros..."

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