quarta-feira, 3 de março de 2010

Lagrimas de um Bravo.




Quando um bravo chora?
Quando um rei é injusto?
Quando um herói não vence o vilão?
Quando a mocinha não aceita o beijo do príncipe?

Será que todos feios são monstros?
Será que todos vilões querem vingança?
Será que todas as bruxas vivem da morte?
Será que todo caminho bom é o mais longo?

Por que todos os heróis têm capa e espada?
Por que toda vingança é doce?
Por que toda lei é quebrada?
Por que todos os bons e justos vão para o céu?

Vamos ser realistas quem nunca traiu?
Vamos ser verdadeiros quem nunca desejou o impossível?
Vamos ser honestos quem nunca provou frutas frescas?
Vamos ser humanos quem nunca errou na vida?

Fala-me se você consegue resistir ao um doce
Diga-me se você resiste a um beijo na nuca
Disserte-me se você acontece num momento de raiva
Murmure-me se você veste suas maskaras todos os dias.

Apague todos os seus erros
Delete todas suas juras de amor
Formate todos os versos de desejo e sexo
Recorte todos os dias e o picote como lixo que são.

Chore doce menino
Brigue linda menina
Discuta velho senhor
Entregue-se velha inimiga.

Perdoai minhas ofensas
Semeei vossos campos
Julgai todos meus amigos
Livrai-me de meus pecados...

Não serei eu a chorar
Não serás tu a me perdoar
Não seremos nada, sozinhos
Não seriamos tudo, se não fosse o passado.

Vamos lutar, pegue sua espada
Vamos confrontar, pegue seu escudo
Teremos que andar dias e noites
Veremos se heróis realmente são eternos.

Lagrimas rolam pelo meu rosto
Sangue se esvai pelos meus cortes
Espada quebrada, escudo rachado
Perdido nos pensamentos de pré-morte.

Realmente os bravos choram na morte
Realmente os reis são injustos na solidão
Realmente os vilões vencem quando merecem
E as mocinhas não querem mais príncipes,
Mas sim os bravos que choram.

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