terça-feira, 29 de abril de 2014

Um texto perdido...




Em lembranças a um agradecimento futuro

" Obrigada, meu amor
tardiamente agradeço
o tempo que se passou
e tudo o que me ensinou
não era preciso falar
pois já estava escrito
o pouco que poderia saber
o suficiente para lembrar

o mundo que vira e volta
a vitória que cai por terra em derrota
dos fracos e injustos
da insuficiencia de simplesmente ser

a simplicidade dos justos
a leveza de ser o que se é
ainda temo o passado
pois ele conhece o futuro
e nos esconde o presente

dádiva de o ter ao meu lado
guerreiro, caçador, andarilho
sorte de ser e encontrar
esposa, amada, mudanças

nas mãos de apenas uma humana
nas mãos de um espírito novo
uma luz que se acende no centro
de uma caverna na Terra

nas mãos de um homem mais velho
nas mãos de um antigo, um dos primeiros
reina todo o futuro
que um dia foi visto
que um dia foi falado
que um dia foi escrito
que nem todos ouviram
que a todos calaram
pra ouvir o que vinha de fora
para esquecer o que estava sendo dito

nas mãos de um velho Espírito
antigo amigo e companheiro
esteve e ainda está
um tudo para se realizar
o destino será mudado
se assim o quizer
seu desejo será realizado
quando o presente a dádiva da sorte o fizer
teremos o mundo em nossas mãos
de um lado a destruição
do outro a salvação eterna

do destruído se constrói um novo
do construído se destrói denovo

teve a chance de perder o rumo
tive a chance de seguir o caminho
destinado milênios antes
dessa jovem alma aparecer
desse pequeno espírito crescer
das lembranças serem ditas
do destino ser escrito

ler e reler com vontade
olhos abertos para além-mundo
ver coisas inexplicáveis
entender o que veio lá do fundo
de uma escura caverna
por pequena luz iluminada
perdida no centro da Terra / das terras

perdia a visão
perdia os sentidos
sentia o calor queimar o tato
sentia a água impedir o olfato
o gosto, ruim demais para se lembrar
terra suja de sangue
de elfos
anões
dragões e humanos

o que sei, onde estou certa?
apenas eu poderia dizer
participante da ordem
nascida pela família
palavra dita cumprida
ciranda ao caos entregue
pelo caos aprendendo a ser sorte
pelo caos sabendo de suas mortes

sinto muito e agora vejo
o que disse com negras asas
o que olhos e caninos rosnaram
tentando afastar-te de mim
levando uma ordem ao fim

a mudança já foi feita
a promessa já foi entregue
apenas uma menina
somente uma mulher e esposa

abdicando de toda força
abdicando do poder que possui
soltando o fogo pelas ventas
fechando as próprias feridas

sem nome, sem palavra
com honra, renomada
reconhecida por poucos
escondida de todos

mentiras que são sustentadas
conhecidas apenas de poucos bardos
que não ousam cantar nos bares
ao som de sua lira encantada
os demasiados segredos da estrada
da vida

em um último agradecimento
me perdoe por não viver para sempre
ao seu lado
tanto aqui como lá
temos destinos cruzados
ao menos que curvas bruscas sejam feitas dos dois lados
esse encontro não será sustentado

em último agradecimento
me ame como jamais amou
como novamente não poderá amar
sou a única que procura
que deve proteger
aquela que lhe jurou tirar
a paz
a calma
a dor
o pesar
o temor...

terá vida plena, eu garanto
o que posso irei fazer
o que não posso, vou forçar
até o fim dos tempos
o seu coração, espírito vou amar..."


Autor "Desconhecido."

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