sábado, 30 de dezembro de 2017

Loucos...


" Me lembro, como me lembro
quando naquele momento perdi a cabeça
existia um bom vento
algo tão agradável naquele lugar
suas emoções eram um eco
belo de se ver, uma dança
em salão vazio...

E logo após você saiu por ai
sem tomar cuidado
e sim, eu estava tão longe, fora do alcance
mas foi uma falha minha, fui um tolo
achava que sabia demais
e no fim, admirava seu bailar...

Isso me faz um louco ?
Um maldito desvairado?
Tolo insano?
Enamorado?
Bem provável...

Ao longe torcia por sua felicidade
cada passo um momento de sua vida
cada giro em outra parceria
e meu desejo era ter em meus braços
ser eu o seu dançar...

Abençoada seu ritmo
cada experiência que forjou o que admiro
quem você é
tudo aquilo que me encanta
lembre-se menina
quem tem o controle da situação
é você
quem guia essa dança é você...

Eu sei que as vezes
tudo é tão louco
uma tormenta perdida
uma musica sem compasso
mas devemos acertar o passo
assim como faço, as vezes...

Somos heróis, coragem de continuar
mesmo com um limbo a se desenhar
lutamos com nossas forças
choramos e sorrimos nessa valsa
somos tão parceiros
e, não é por coincidência, acabei sendo
seu parceiro, seu amigo, seu amante...

Talvez eu seja louco
talvez você seja louca
talvez sejamos loucos
e provavelmente, ainda bem
somos assim...

Ainda me lembro
como perdi a cabeça
sorri feito menino
quando começamos a dançar
flertar com o destino
entrelaçar as vidas, as almas
e assim somos
loucos dançando
nesse mundo..."


Doce vinho, você...



" Doce vinho que me encanta
seus traços intensos
formosos um tanto ácidos
as vezes...

Sua beleza e intensidade
pequena menina 
que saboreio lentamente
de sabor marcante, vivo e intrigante...

Seu buquê me inebria
encanta
me faz perder em lembranças
sabor amadeirado de suor...

Tão complexa
difícil de ler, sentir, ter
tão fácil de amar
de viciar...

Pequena lolita elegante
com seus traços marcantes 
retrogosto impossível de esquecer
como poderia, é tão única...

Bailo em teu corpo
saboreio cada momento
afinal pode ser a ultima taça
o ultimo gole...

Bruta delicadeza
aveludada e aromática pele
tão fácil de marcar
como não amar...

Marcas tão belas
o passar do tempo
lhe deixa apenas mais
e mais bela...

Proibido desejar tanto?
Será esse lobo velho viciado?
em suas curvas, em seus aromas
em seus teores...

Abuso é ter em meu paladar
seu fino tanino
degustar e sorver
e pensar... Nunca mais ter...

Doce vinho que me prende
lembrança em tormenta
paixão por um sabor único
dessa bebida chamada você..."


Ciúmes...



" Admito
não me orgulho muito
sinto
amargo
delicio
tal fruto proibido
meu olhar lentamente te segue
lhe quer
minha mente
tão tola
imagina tantas vertentes 
tantas portas, janelas, caminhos 
e planos...

Admito é uma dualidade
desejo tanto seu melhor 
felicidade e eterno prazer 
e sei que pode não ser comigo
porem ainda me mordo
me pego pensando
tolo velho 
lobo que observa a alcateia de longe
hoje eu posso dizer 
que admito...

Assumo 
esse grito que está travado
clamor de apenas dizer
o que sinto é bom
verdadeiro 
não é um prender
é apenas um admirar 
um sonhar
eu admito..."

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Silencio. . .


" Em silencio te olho
vejo suas escolhas 

cada uma 
mais e mais afastada...

Doi na alma querer falar
pedir para ficar 
lutar com minhas forças 
mas em silencio, respeito...

Fiz e faço tudo 
luto, movo, corro, choro 
mãos em sangue
o que mais poderia fazer, silencio...

Sinto algo diferente do que vejo

me diga que estou errado
diga que minha intuição está errada
quebre esse silencio...

Não aguento tanta dor
consegue imaginar ? 

preferir um abraço quente da morte
que continuar a viver, em silencio...

Sinto vontade de arrancar as entranhas

fazer tudo parar 
nao ter mais essa dor 
presenciar esse silencio...

Tento continuar 

rastejar pela vida 
sobrevivendo
é o que faço em silencio...

Cansado desse silencio

dessa vida
da dor
amor..."

Amar vício meu . . .


" Amar é um vício.
Que enlouquece e seduz.
Cega e mutila aos poucos.
Nubla os pensamentos.
Enche seu corpo de prazer.
Êxtase e luxúria.
A pior parte dele é abstinência.
Doi nas vísceras.
Alma que antes dupla,
Dança sozinha em amargo tom.
Corpo lacerado.
Vício maldito.
Amor."

domingo, 17 de setembro de 2017

Micro conto : Noite...


" Acordo assustado.
Como uma criança, me escondo.
Barulhos e vozes me atacam, me apavoram.
Meu corpo imóvel, gélido, um torpor.
Meu coração parece parar, lento, fraco.

Sua voz me acalenta.
Protege e aquece.
Agora me sinto seguro.
Em seu colo, novamente, sou adulto.
Não temo nada.
Tenho vontade de beija-la.

Tocar e possuir.
Loucura seria, mas meu corpo implora.
Meus lábios tocam e ardem.
Desejo pervertido que me consome.

A cada momento me sinto mais vivo.
E minha energia é sua. Minha vida é sua.
Por fim caiu, ela me consumiu como iguaria.

Um prato que ela sorri satisfeita.
Acordo assustado.
Como criança, me escondo..."


Para que . . .


" Quantas vezes 

me encontro nessa 
encruzilhada
nesse abismo sem volta...

Penso que pode melhorar 

luto com minhas forças 
junto meus cacos 
para que ?sempre perco...

Sou um perdedor 
um fracassado 
um maldito bastador 
que apenas sobrevive...

Implorando por migalhas 
respirando por favor
agraciado pela pena
entre as sombras como um rato...

Tento me reerguer 
buscar minha felicidade
um sorriso que seja
para que ?

Nem um bom dia sou digno
um abraço apertado
nem um carinho
nada...

Espero que a morte venha
me abrace 
finalmente um doce abraço
assim posso me sentir amado...

 Continuo andando
caminhando nessa trilha
lobos e corvos
ninguém se importa, iria eu o fazer
pra que ?

Perdedor, grande perdedor
melhor dos fracassados
pai bastardo, inútil
sobrevivente de que? Para que ? "

domingo, 20 de agosto de 2017

Torpe ilusão...


" Torpe ilusão 

maldita angustia 
necessidade que rasga
dilacera essa alma...

Vontade 

não faz mais sentido
nem direção realmente tem
maldição disfarçada de bênção...

Voraz labuta

lapidar essa bruta 
chagas 
corroí entranhas, tolo desalmado...

Apenas um fantasma
um ser sem peso
forma 
importancia...

Um passado efemero
isso que sou 
um sopro antigo 
extirpado de seu ser...

Assim continuo esse caminho
dia apos dia
sendo limado 
cortado, separado, humilhado...

Maldita compreensão
sabedoria tola 
tantos e tantos momentos 
cuspidos e amargados...

Sou um idiota
maldito bastardo
um puto desalmado 
não mais amado...

Sonho infrutífero 
solitária forma de viver
existir 
apenas um fantasma...

Ignorado
jogado 
apenas 
um fantasma...

Torpe deleite
infeliz pensamento
rasgo minha vida, existencia, necessidades
desisto dessa vida, alma suja inútil..."


segunda-feira, 17 de julho de 2017

Micro conto: Guerreira...


Guerreira.
Treinada, moldada, hábil e sagaz.

Muitos poderiam dizer que é loucura,
      outros nem acreditariam.
Ela forte mulher enfrentaria, tantos inimigos.
      Dezenas e dezenas de ferozes cães,
      de arma riste, apontadas para a heroína.
Sem nem suspirar se joga contra terríveis criaturas,

      uma a uma tombando, derramando seu sangue,
      espirrando no corpo alvo da jovem espadachim.
Regente da situação, delicadamente derruba seus nêmesis,

      em seu olhar a serenidade de uma alma forjada.
Seus oponentes tentam resistir, 

      lutar e se opor a tal ágil lutadora,
      apenas suas vestes se rasgam
      mas nunca é tocada.
Seu corpo é uma arma, finamente utilizada
      cada giro, cada sorriso, ela está em seu lugar.
Banhada pelos inimigos feridos e caídos, 

      finalmente ela suspira, aliviada.
Deusa das laminas anda sobre os derrotados,

      em insano êxtase sorve sangue da lamina,
      seu corpo escorre suas vitimas.

Observa seu espolio.
Satisfeita.
Nascida para guerrear. 

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Árido. . .


" Terra árida

maldito caminho
terra seca 
maldita vida...

Ando pelo deserto

sozinho
pensativo
triste...

Serei eu quase tão árido

volúvel como esse punhado 
de areia
maldita vida...

Vivendo de restos 

sem nem amor 
nem uma gota de água 
lábios rachados...

Pés descalços 

sinto o queimar lento
as feridas abertas 
o estômago já sem vida...

Não sinto mais minhas mãos 
quanto tempo vai durar 
tempo esse a não passar
diga-me o que fiz, que pecado cometi...

Deixo meu rastro 

mas ninguém vai procurar 
é um caminho sem volta
terra seca...

Nos poucos momentos 

entre o frio e o calor 
os olhos pesam 
pesadelos vem, apenas retorço...

Tantas vertentes 

essa escolhida 
longe do que realmente poderia ser 
maldito caminho...

Agora corvos me olham 
nem banquete serei 
magro
perdido...

Chacais caminham 
esperam meu cair
o fraquejar dessas 
velhas pernas...

Minha mente me trai
atrai 
novamente para esse deserto sem vida
terra árida..."

terça-feira, 4 de julho de 2017

Brincadeira de dormir...


" Seu segredo noturno
soturna forma de brincar
perdida em seus sonhos
aqueles anseios lindos
sorria ao  ver
ponta de dedos enrugados
o cheiro atraente
doce mel espalhado
tentação de um provar
tão cheio de pecado
exuberante luxuria
provada e degustada
brincadeira lenta
longa ciranda que não termina
o corpo pequeno em gangorra
indo e voltando
como se o tempo fosse escravo
respiração rápida
pés esticados
tensão prestes a explodir
pequena levada
descobrindo os caminhos ocultos
novas curvas e maneira
deleitar de tal noturno
segredo..."

Micro conto : Pecados . . .


 Novamente a jovem sai de sua casa.
 Arrumada com seu perfume mais suave,
       em seu vestido florido.
 Diante o templo ela agacha
       pedindo seu primeiro perdão.
 Adentrando, admira como sempre, a beleza
       imponência do lugar.
 Sem nem desfiar o olhar chega ao destino,
      onde os pecadores
      teria redenção...
  Abrindo a pequena porta profere as mesmas palavras.
  Quando se tranca sente um estranho conforto
      ou será um olhar.
  Lábios rubros singelos quase puro proferem
      seus últimos sonhos,
      num impulso sua pequena mão aperta
      onde sente arder,
      com aquele simples gesto se sente mais pecadora,
      porém viva.
 Devaneando sobre amantes insólitos em plena luxuria,
       todos disputando tão alva alma
       tão pura e devota mulher.
 Que tomada pelo pecado sente o inferno se formar
       tomar conta
       de suas entranhas, o rubor quente da culpa
       estapeia sua face.
 E por fim espera sua punição... Sua redenção.
 Estranhamente, como das ultimas vezes,
       escuta apenas aquela reza baixa.
 Respiração descompassada, quase louca,
       um implorar sedento...
        ... Será que o homem de fé estava a lutar 
       pela alma desgarrada da jovem?
       Grunhidos e palavras desconexas,
       seria o linguajar dos anjos ?
       Assim matando os demônios que a perseguiam
       noite após noite?
 Não tinha coragem de olhar para o lado,
       mas ouvia um som úmido, continuo...
       Seria a água benta se espalhando para domar
       os espíritos malignos ?
Curiosa o olhar se ergue, apenas um pouco..
       um pouco apenas...
Mordendo doces e intocados lábios
      deixando mais rubros
      ela por um momento viu
      seria a presença divina?
      o poder de romper o limite da carne ?
      a bênção?
Logo o homem de fé a mandava sair,
      a voz era fraca e exausta...
      a batalha tinha sido travada
      para ela fora vencida,
      porem para ele...
      ... Perdida.
Sentindo-se livre ela caminha,
      novamente pura ela caminha.
Entretanto ao lembrar da bênção
      ela morde os lábios e reza,
      se permite querer mais sonhos impróprios
      e assim poderia espiar a bênção majestosa
      daquele homem de tanta fé.
Um sorriso lindo se formava e apertando as pernas
      a pura menina mulher caminha.
Contando as horas para seu ritual diário
     de purificação..

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Sou assim...


" Gosto de olhares,
     pensamentos,
     sentimentos.

Me atrai
    muito mais
    um flerte,
    uma provocação,
    um rubor incontrolável.

Sou assim simples,
    não ligo para aparências,

    esses externos,
    pois eles sempre mentem.

  Todos mentem...   "

Micro conto: Fadas do mundo real.



Quando sentimos algo
   e não falamos.
Damos vida a uma pequena interrogação.
Ela pode viver em várias partes de nosso ser,

   mas normalmente encontrada
   entre sonhos e desilusões. 

É um bichinho matreiro,
   que se esconde atrás
   de uma ironia

   ou de um devaneio.
Pode se inflar no meio de uma discussão...
E ai já viu,
  se transforma em uma torrente

  um querer, 
  terrível tempestade,
  cuspida e vomitada.
Mesmo hibernação da sinais de existência,

   insistência... 
Por fim esses seres soltos e acumulados
   em uma pessoa podem gerar
   conflitos, dúvidas , declarações.
Resultando em desastres anunciados

   em bocas descontroladas
   mãos inquietas 
   e mentes ansiosas.
Cuidado com esses seres, dificilmente 

   encontrados e raramente largados.

Cativeiro...


" Sou um prisioneiro
Homem jogado no chão
Atado sem nós
Imóvel com olhar...

Visão se perde
Suas curvas a enfeitiçar
Me fazer perder
Razão, compostura, lógica...

Sem me olhar
Me sonho atraído
Traído pela ânsia
Cheiro, pele e calor...

Com grilhões apertados
Sigo cada movimento
Seria um animal a espreita
Se eu não fosse a presa...

Como um artista
Pincel ou formão na mão
Devaneio com suas formas
Almejo sua perfeição...

Cada novo detalhe o cárcere aumenta
Cada fino ajuste a prisão se torna intransponível
Suaves escolhas adornam essa clausura
Doce olhar  a sufocar...

Poeta escravo
de musa inalcançável
Inacessível amor
idolatria perversa...

Assim a cela se fecha
Renova em grades de jaula imaginária
escritor apaixonado
Por sua musa de papel... "

Micro conto: Promessas...


Hoje eu cumprirei.
Todas essas promessas antigas.
Uma a uma eu juro.
Vou dizer para ela que a amo, 

   que iremos casar em pleno inverno,
   como ela tanto pediu.
Levarei minha pequena para brincar.
Arrumarei aquele maldito telhado,
    temia a pingar.
Vou emagrecer e me tornar melhor.
Espero não sonhar novamente,
   aquele maldito pesadelo,
   todos choram em meu enterro,
   alias...
... Não me lembro que dia é hoje.
Nem o de ontem.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Poesia amassada. . .


" Declaro hoje
o fim desse amor 
dessa maldita forma 
de desejar o que não é meu...

Esse escrever 
linhas e mais linhas 
de um ser 
inexistente...

O vicio te olhar 
apaixonado 
quente e amoroso
para um frio vazio, perdido...

Mesmo que me mate 
de uma vez 
melhor que perecer 
ao poucos...

Essa dança sem parceiro 
dormir solitário
abraçar sem corpo 
olhar sem resposta...

Cansei de admirar 
apontar pontos bons 
belos e intensos 
se sou apenas um nada...

Minhas palavras nem são lidas
minhas questões não são respondidas 
meus desejos nem avaliados
uma existência nula..

Amasso meus papeis 
minha poesia 
rasgada e jogada fora
um sonho desfeito...

Não imortalizarei ninguém
nem o amor
nem o desgosto
apenas esse ultimo escrito...

A morte de um sentimento
refinado em dias frios
e noites chuvosas 
apenas um papel amassado...

Sou apenas um nada
uma existência nula
um sonho desfeito 
esse é meu ultimo escrito..."

Micro conto: Abraços.



Sentado naquele banco.
Dia após dia, aquele que teve uma grande família,
     feliz e unida.

Sozinho esperava.
Sua amada, que fazia tanta falta,
     se fora.
Filhos feitos e espalhados no mundo.
Um homem de toques, risos e abraços...
   ...E agora nada tem.

Suspira, lembra de tempos passados.
Crianças pequenas e brincadeiras.
Passado tão distante,
     dói.
Novamente espera.
Um carinho, uma ligação.
Algo que lhe desse provas, 
     de sua existência,
          de sua realidade.
...Apenas um abraço, 
     seria suficiente.

domingo, 21 de maio de 2017

Micro conto: Encontro.


Em um bar qualquer um encontro causal,
distante de todo mundo.
 Um lobo velho e cansado sem esperança e
uma provocante tigresa espreitando sua presa.
 Sem palavras.
 Apenas olhares, gestos, vontades e quereres.
 Uma simbiose plena e complementar, insana e bela.
 Dança intensa entre desejo, luxuria e irrealidade.
 Por fim...
 ...A desconexão e sonho partido.
 Duvida do real,
se realmente aconteceu...
Aconteceu.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Veneno. . .


" Sinto esse sentimento corroendo

dentro de mim, perturbando
essas garras tentando me abrir 
dizem que é imaginação, mas é real...

Olhe em meus olhos 
entenda a mensagem
me salve
socorro...

Não há salvadores no céu
muito menos no inferno 
somente um grande vazio 
um leve cair eterno e sereno...

Não me odeie, hoje não
esse sentimento está me matando
tento vomitar, só sinto ânsia
vamos me ajude, tudo isso é real...

Eu tenho fé, não deixe-me cair
segure minhas mãos 
arranque esse maldito sentimento 
não deixe-me sozinho, não mais...

Sei que é uma escolha
você pode muito bem
apenas me ver cair
sumir, sem deixar rastros, é mais fácil? 

Olhe em meus olhos 

diga que tudo isso é mentira
uma invenção, nada mais que sonho
leia meus lábios, me salve...

Não existem salvadores 

nem demônios
somos causadores de nossas dores
e por isso sinto tanto, sou culpado

Não me olhe assim 

não me odeie, não hoje
entenda meu desespero
estou perdido, caindo, sofrendo...

Deixe-me rasgar minha pele

arrancar esse sentimento
que tanto me envenena 
esse vicio...

Sinta esse sentimento me corroendo

destruindo meu ser, sufocando
será seus dedos tentando me abrir
é minha imaginação, mas é real
tão real..."



quarta-feira, 17 de maio de 2017

Promessas...


" Prometo minha filha 
estar aqui sempre 
caminhar ao seu lado 
lutar como um leão 
viver de maneira intensa
bela e viva 
sempre pensar positivo
mesmo se cair 
levantar
elogiar quando merecer
dar bronca do mesmo modo
nunca desistir 
não importa as dificuldades
nunca abandonar...
 
Prometo sempre 
direi a verdade 
serei honesto e integro 
serei compreensivo 
e um bom homem 
um exemplo 
e serei um ser 
que no futuro 
tenha a certeza 
fez de tudo 
para que possa se orgulhar
que possa olhar 
e apenas sentir...
 
Prometo pequena 
serei o que eu sou
falarei sim palavrão
farei sim piadas sem graças
quando ganhar dançarei
e quando estiver bravo 
rosnarei
vou me perder te olhando
e rindo orgulhoso de sua esperteza 
cuidarei quando precisar 
e me afastarei também
mas tenha uma certeza
eu te amarei 
hoje
amanhã 
e em todo meu sempre...
 
Prometo cumprir 
todas minhas promessas
e todas minhas palavras
um dia quero que leia
e sinta que seu pai
seu velho pai 
te amou 
te cuidou 
e fez o melhor 
na medida do possível..."