terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Conto 1 - "Onda."




‪#‎Desafioumanodecontos‬

Conto 1 - Janeiro
Andryus McLeood.


“Onda.”


Onda é um pulso energético que se propaga através do espaço ou através de um meio podendo ser líquido, sólido ou gasoso, com uma velocidade definida.

     Estou novamente aqui. Dirigindo no limite do carro, fogos de artificio no horizonte declaram o ano novo. Dia trinta e um termina e não sei ainda o porque estou aqui, quem sou, ou simplesmente para onde vou. Tantas lembranças, tantos acontecimentos que dominam minha mente... Tudo parece mentira, uma ilusão, uma brincadeira de um Deus jocoso contra uma formiguinha. Porém não vai demorar muito, logo perguntarei frente a frente o que "O Todo Poderoso" tem contra mim, o porquê de querer brincar com minha existência dessa maneira.
     Terrível esse último mês, nada faz sentido nessa medíocre vida. Se é que a tenho, se é que realmente é minha. Acordei dia primeiro de dezembro em um luxuoso apartamento no centro da cidade, não me recordava nada antes disso, acredito que devo ter bebido muito ou usado algo muito forte. Pois mesmo forçando a memoria nada vinha, eu lá sentado a beira da cama vendo uma ridícula luminária estilo lava-lamp. Quem realmente compraria algo assim? Tudo organizado, padronizado até... Quadros escolhidos e alinhados, uma estante cheia de livros sobre física, engenharia, química e outros assuntos que não conseguiria pronunciar. No armário roupas de marca, ternos finos, sapatos de várias cores e um para cada ocasião. O único lugar desorganizado era um escritório ou seria melhor chamá-lo de chiqueiro, uma lousa enorme com cálculos e anotações, papeis pelo chão e parede, pedaços de comida e uma infinidade de copos de café. Caminhando naquele labirinto, via desenhos e esquemas de algo como uma maquina futurista ou uma batedeira ultra moderna... Quem realmente eu era? Seria um inventor maluco? Por que tudo era tão organizado menos no trabalho? Não conseguia lembrar de nada...
     Ia ao banheiro e lavava o rosto, sendo sincero, não me reconhecia... Sim, é estranho falar isso, mas devo ser sincero ao menos comigo: não sei quem era o homem que aparecia naquele maldito espelho. Aparentava um homem de meia idade, já com alguns cabelos grisalhos, uma barba longa por fazer, mas de alguma forma, estranha e olhos claros, algo não estava certo... Fora as imagens que via como sonhos, pesadelos em pleno dia, coisas absurdas como se saídas de um filme infantil ou de terror. Voltava ao quarto e via a única coisa que fazia sentido em todo esse pandemônio: um relógio antigo, daqueles de bolso, todo em prata, decorado com desenhos e fios entrelaçados, os ponteiros eram belos e delicados, mas ele era um mistério para mim... Não pelo fato de ser o único objeto que reconhecia, mas a data que ele marcava, todos os calendários vistos até aquele momento marcavam que era dia primeiro de dezembro, porém aquele marcava trinta e um de dezembro e não conseguia ajustá-lo.
     Tentei relaxar, beber mais, ver quem eu era e nada... um fantasma vivo. Numa agenda encontrei uma lista de compromissos e lugares com dinheiro e cartões que podia usar. O nome em todos eles era o mesmo Alexander Balaur, passaporte de viagem e vários esquemas nas paginas. O que mais chamava a atenção era que no meio do mês estava marcado uma reunião ultra importante pois tudo se referia a ela... O que eu era? O que fazia? Perguntas que repetia sem parar, afinal nem a cidade que estava parecia conhecida.
     Saindo pelos corredores além do quarto, via que esse “eu”, Alexander morava em um flat de luxo com serviços de hotel, no centro. Lembro de sair naquele dia e andar pelos arredores procurando respostas, e só encontrava mais dúvidas. Em uma banca comprava o jornal e lia as matérias principais: guerras, tráfico, falta de água, segurança e serviços básicos. Tentava conversar com algumas pessoas, mas me parecia errado, era como tentar me encaixar em um tempo e um espaço não pertencentes a mim. Fiquei no apartamento sozinho pensando e não me encontrando. Fui no primeiro compromisso, um jantar com engenheiros do governo local, observei e escutei mais do que falei... O que falei estava escrito na agenda, cada vírgula era repetida, e era aplaudido. E não tinha noção de tais assuntos. Alguns pareciam me conhecer, mas não tinham intimidade. Eu parecia ser um homem recluso e muito inteligente. Voltando de madrugada para o apartamento, enquanto me despia, vi que era dia dois, porém o relógio marcava dia trinta... Estava enlouquecendo aos poucos e parecia ser preciso fazer algo para entender tudo ou estaria bem encrencado.
     Senhor Balaur, ou eu, era um homem misterioso. Nos dias seguintes fui atrás de informações para ao menos tentar encaixar peças nesse quebra-cabeça. Formado com honra em física quântica, engenheiro em “N” áreas com especializações, bolsista em faculdades pelo mundo, participante de grupos de estudo sobre tempo e espaço e mistérios do universo. Atualmente se especializando em mecânica quântica com trabalhos associados a uma empresa chamada Neclare Armata. Nada mais descobri, sobre o que era ou qual a verdade.
     A cada nova reunião, jantar ou almoço, mais dúvidas pairavam na minha cabeça, em determinado momento acreditei, por mais estranho que me fosse a ideia, que era verdade, eu era Alexander Balaur professor, pesquisador e outras coisas que nem lembrava para listar. Havia um problema: teria que me aposentar no dia trinta e um de dezembro, pois a agenda terminava suas notas aí e não poderia mentir para sempre. Os dias corriam no calendário e no relógio apenas regrediam, parecia que a cada dia tinha menos tempo para me achar...Encontrar a verdade...
     Lembro como hoje da reunião especial, eu mal sabia quem eu era mas entrei num complexo de alta tecnologia com corredores brancos, enormes salões com experiências que pareciam sair de um filme de ficção cientifica. Braços e pernas biônicas, olhos artificiais, microscópios ultra potentes, emissores de onda capazes de destruir barreiras, aceleradores de partículas. Apenas ficava repetindo " Sou Alexander Balaur... Sou Alexander Balaur... Sou um louco demente que não sabe quem é metido num laboratório de pessoas loucas...", finalmente conheci o senhor Neclare, um homem velho e quando digo velho é do tipo em que rugas o deformam, cabelos finos e ralos, mãos tremulas, porém ágeis, brincavam com uma moeda de prata girando entre os dedos e apertando conforme passava pelo polegar, olhos que me devoravam como se lessem minha alma sabendo que era um ursupador desmemoriado.
     - Muito bem senhor Balaur, vejo que chegou vivo até o dia de hoje... - Ele salivava e limpava com as costas da mão, era uma figura que também não combinava: seus olhos eram vivos mas a figura grotescamente idosa me parecia um retrato de Dorian Gray falante. - Difícil viver nos dias de hoje não é mesmo senhor Balaur, é como se fossemos pessoas diferentes... Não encaixadas nesse meio... - Ele ria tossindo e arfando, achei que ele morreria naquele momento, na minha frente, mas se recuperava e voltava a falar... - Somos todos marionetes, fantoches de carne e osso e sua pesquisa mostrará isso. Estou sendo indelicado, não é mesmo? - De novo limpava a baba que acumulava em seu lábio inferior.
     - Senhor Neclare eu... - Tentava falar algo, porém era interrompido com uma mão em meu ombro. Uma bela jovem de social, loira, alta, com um perfume delicioso e de óculos azuis fazia o gesto com o dedo indicador nos lábios gentilmente mandando eu não falar nada. Ela apontava para minha pasta onde a pesquisa estava feita. Tinha lido e relido os textos e cálculos lá contidos, mas não tinha entendido absolutamente nada. Sem o que fazer, entreguei a pasta. A jovem agradecia piscando e caminhava para o outro lado da mesa.
     - Tem coisas nessa existência, senhor Balaur, que sou tão ignorante quanto o senhor...- Tinha um tom de provocação na frase do idoso, parecia querer alguma reação que não conseguiria provocar... - Muito bem, resumidamente sua pesquisa propõe que a vida, a consciência, aquilo que nos move e pode ser apelidada de alma, espirito, chi, etc... - Ele fazia uma longa pausa como se o ar faltasse em toda sala... - Pode ser transferida, já que essencialmente ela é formada por um tipo de energia. Assim, essa energia poderia ser colocada em um lugar no espaço. E dependendo de como for aplicada a teoria, pode ser catapultada para um receptor em um intervalo de tempo... - Ele ria sozinho tossindo dessa vez se recuperando muito tempo depois... enquanto ele ainda arfava sem ar a loira silenciosamente servia um café e sorria me olhando como se fosse um menino diante a uma professora de língua estrangeira...
     Eu tomava o café observando em volta, posso dizer que o velho tinha bom gosto, peças antigas como vasos e quadros, interagindo com computadores e telões que passavam informações de todo mundo. Ouvia ao longe dois homens rindo comemorando que conseguiram estabilizar a energia criada em pleno vácuo, quando começava a entender o que eles falavam o velho homem me chamava novamente.
     - Como dizia, assim, com o receptor correto “qualquer um" poderia ser levado a um lugar e a uma época pré-determinada por um espaço de tempo, afinal estamos usurpando leis básicas de existência, ninguém foge muito tempo da verdade não é mesmo ? Mas o senhor deve saber de tudo isso não é mesmo? - Não sei como ele sabia, mas eu tinha certeza de que ele sabia que eu não era eu... Loucura pensar nisso, porém fazia todo o sentido... Eu não era eu, não tinha memórias de antes do dia primeiro, tinha um relógio que contava os dias regredindo, estava envolvido até a cabeça com um projeto insano... Mas quem realmente eu era? Por que eu voltaria especificamente para o criador da teoria que me permitiria fazer o que faço? Não fazia sentido...
     - Senhor Balaur pode se retirar agora. - A bela jovem de óculos falava num tom que arriscaria supor ser propositalmente sensual. - Por favor siga, pelo corredor sul até a saída. - Ela tocava meu rosto como um carinho ou uma despedida eterna. - Lembre-se, Alexander, todos nós cumprimos objetivos específicos e depois disso não servimos para mais nada, não prolongue algo que pode ser um sofrimento desnecessário. - Ela olhava em meus olhos, não sei se era meu desejo ou era o dela, contudo quase nos beijamos, porém ela apenas sorria e continuava. - Siga, meu caro amigo, a onda se mantém ativa enquanto se movimenta, e cuidado pois sempre há juízes e executores quando quebramos as regras.
     Ela saía me deixando apenas com seu perfume, nunca mais a vi, muito menos o velho Neclare... Tinha mais dúvidas e nada se encaixava, representei todos os dias seguintes como um manequim de carne e osso... Um teatro certamente macabro, pois cada vez que pensava que a teoria de energia poderia estar certa me sentia sujo, incomodado com tudo aquilo.
     Perto do natal, lá estava eu caminhando pela cidade, o relógio marcava exatamente dia dez de dezembro, não tinha mais ideias quando um bêbado se colocou na minha frente pedindo um trocado, porém, conforme me viu, gritou e saiu correndo. Bom, devo admitir que não era o ser mais bonito do mundo, mas aquela reação era muito estranha até mesmo para meu último mês. Evidente que como um demente corri atrás daquele mendigo, que mais parecia um maratonista, o que quer que o tenha assustado foi forte o suficiente para ele ficar quase um quarteirão à minha frente. Por sorte ou destino, depois de algumas quadras correndo o vi num beco caído.
     - Ok... Ok... Agora podemos parar de brincar de gato e rato, o que aconteceu? Você me conhece? O que eu te fiz para você fugir? - Coloquei as mãos nos ombros do homem, mas ele parecia em choque, tive que dar um tapa no rosto dele, logo ele me olhava assustado em um espanhol arrastado dizia "DIABO! eu o vi morrer, você bateu o carro... Eu vi seu corpo. DEMONIO!". - Agora eu ficava sem palavras, o homem saia de minhas mãos e corria, mas não por muito tempo. Perto do final do beco, vi como um homem alto, devia ter dois metros e meio, de social preto e chapéu de gangster pegou o mendigo, ergueu-o com extrema facilidade e foi quando o pior aconteceu: o homem alto inclinou o rosto emitindo um som agudo que quase me derrubava, enquanto via claramente uma luminosidade sair do pobre coitado e ser absorvido pelo rosto do gigante.
     Tudo girava, meu estomago estava embrulhado, iria desmaiar e não queria ser o próximo a fazer parte do banquete do homem alto. Usei o resto de minhas forças caminhei para fora do beco, passava a mão em minha testa que sangrava como se tivesse recebido um golpe forte. Rapidamente peguei um taxi e saí, ninguém mais parecia ter visto. Agora tudo se complicava e comecei a pensar : “será que Alexander Balaur estava morto e eu voltei apenas para cumprir a agenda? Seria eu tão dispensável para ser jogado em alguém morto só para entregar papéis?” era loucura... Sentia que estava enlouquecendo aos poucos.
     No dia seguinte, ia para os lugares marcados preocupado, vendo se o homem alto não me perseguia. Tive a ideia de voltar para os lugares que visitei, inclusive o laboratório que estava "fechado para reforma" senti como se tivesse levado educadamente um chute no meio do traseiro. Era natal e a cidade estava estranhamente vazia. Eu tentei tudo. É vergonhoso admitir isso, mas estava sem respostas. Revirei o flat do homem que eu habitava, nada. Bebi até cair no chão e vomitar. Tentei quebrar todos os espelhos e andar pelado pelos corredores e a única coisa que aconteceu foi uma advertência por barulho depois das onze da noite. E o que mais poderia fazer ? Preso dentro de alguém já morto, afinal não teria outra explicação para tudo aquilo e mesmo se encontrasse não saberia mais o que é verdade.
     Faltando dois dias para o ano novo, consequentemente dois dias para o dia um no relógio que era a única coisa verdadeiramente minha ou que ao menos certamente não pertencia a Alexander Balaur decidi fazer o que me restava: pular do prédio. Se fosse realmente um louco, não faria diferença. Quando estava prestes a me jogar, alguém bateu à porta. "Serviço de quarto!" Pensei duas vezes antes de atender, porém novamente batiam na porta e alertaram "Senhor é muito importante, serviço de quarto!!"... caminhei até a porta e a abri esperando o pior. Um rapaz jovem com o uniforme de empregos do flat carregava um buque de rosas brancas e uma única vermelha no meio... "Desculpe senhor tive um contratempo, com os cumprimentos do senhor Neclare. Pode assinar o papel?"… Entregava o papel que eu assinei, estranhando tudo aquilo e logo saí apressado. O buque era normal, mas o perfume era da jovem secretaria de Senhor Neclare, e tive certeza quando vi um bilhete escrito nele "Sinto muito por todos os problemas. Infelizmente não podemos te ajudar mais que isso. Caso queira dar o próximo passo e entender a acústica que move o mundo exatamente as vinte horas e quarenta minutos do dia um saia de seu quarto, corra como nunca correu vá para os braços do que realmente quer".
     Lá eu era um louco seguindo outros malucos, mas não tinha opções. Deduzi que dia primeiro seria o do relógio, portanto no dia trinta e um, faltando um minuto do horário dito, lá estava eu apenas com as roupas do começo de tudo, o relógio e preparado para tudo, ou quase. Não sabia na realidade o que poderia acontecer, portanto antes tinha arrumado o quarto da mesma maneira que encontrei, deixei a agenda da mesma maneira que a peguei, com dinheiro e cartões, na pior das hipóteses eu agradeceria essas preocupações.     Quando deu o horário, abri a porta, meus ouvidos doeram no mesmo segundo, olhei para o lado e na outra ponta do corredor, vi o homem alto e comecei a notar seu rosto. O que posso dizer? Ele não o tinha. Havia apenas um borrão disforme como o grito constante de eterno pavor que emitia. Ao me ver ele se apoiava nas paredes do corredor e caminhava com dificuldade por ser grande demais. O corpo dele era monstruoso e às vezes tremia todo como uma convulsão ou um erro na frequência. Evidentemente não fiquei parado observando, repetia: “não serei seu jantar”. 
     Instintivamente, corria para o lado contrário e ia para as escadas de emergência, descia saltando os degraus. Era inaceitável, depois de tudo que vivi esse mês, que eu ainda não conseguisse entender nem um terço do que estava acontecendo. Uma corrida cega para tentar achar respostas. Ouvia meu amigo alto gritar novamente, dessa vez os corrimões tremiam, parecia um terremoto, faltava ainda dois andares até a entrada dos flats, mas não tinha escolha continuava. No último andar, eu não conseguia aguentar e tropeçava e rolava pela escada, ouvia o braço deslocando e o ardor logo se transformando em dor pura. Não podia parar e corria para saída. Trombava com o mensageiro que tinha me entregado as flores, ele praguejava xingamentos e me olhava "Déjà vu, novamente o senhor correndo pelo saguão... "Não escutava mais nada, atravessava a porta e lá encontrava um carro esporte. Bom, se é para fugir, ou morrer, de um monstro alto, que seja com estilo, roubando o carro, acelerava sem olhar para nenhum lugar... "Senhor por favor indique o destino..." Eu estranhava, o braço ardia, mal conseguia trocar as marchas... " senhor por favor indique o destino..." a voz feminina robótica novamente pedia, o GPS ligado, sem pensar gritava.
     - Retorne ao ponto de partida!!! Ela prontamente dizia "Destino traçado, faça uma boa viagem." Após isso o radio ligava e um rock começava a tocar. Seguia as instruções do GPS até sair da cidade e cair em uma rodovia onde poderia acelerar.
     Agora com os fogos brilhando anunciando o novo ano vejo meu destino perto. Sou um homem passado, sem futuro, sem rosto apenas com a certeza que devo encontrar algo... Algo que valha a pena, não apenas um fantoche para entregar uma porcaria de agenda. Quero algo mais.
     Nesse último segundo vi no meio da estrada e juro que ele estava sorrindo, o homem alto. Estava com as roupas em farrapos, seu chapéu completamente torto, ele abria os braços e iria ficar no meu caminho à minha direita, o fim da estrada e um penhasco. Conseguia ouvir o mar, como é bom o mar, o homem alto grita, mas não me acerta já tinha girado o volante e o carro caia pelo penhasco, não sentia mais meu corpo, estava leve e agora parecia certo. Apertava o relógio contra meu peito e sorria, seus ponteiros chegavam ao zero. O corpo perdia peso e o ar assobiava alto, um brilho intenso tomava conta de tudo. Devo ir entender a acústica do mundo, devo continuar a seguir e entrar na onda e descobrir tudo, a verdade... Ou quem é a verdade...

Um comentário:

  1. Andryus, gostei bastante da ideia do seu conto. Em alguns pontos deu para captar bem a angústia do momento.
    Boa sorte no desafio!

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