sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Só verdades. . .
" Pois estamos aqui
Sem mascaras
Sem censuras
Sem vida...
Acha fácil acordar
Dia após dia
Sem ao menos um bom dia
Um na noite anterior ser boa?
Mendigar por um fio de amor
Mesmo daqueles que deveriam
Mostrar afeto
Respeito, porem é um vazio, um nada...
Dormir toda noite
E muitas delas pedir para não acordar
Sentir os músculos doerem
A mente te massacrar, são tantas vozes...
Me sentir um lixo
Um ser inútil
Fraco, um fardo
Um parasita desprezível...
Será que algum dia percebeu essa dor ?
Sentiu o desespero que apenas cresce
Será que ouviu alguma vez esse grito
Esse pedido de ajuda, apenas me salve...
Quantas vezes já perdi?
Quantas vezes acreditei?
Quantas vezes já sonhei?
Somente para enxergar
a areia escorrer por meus dedos...
A luta
Cada hora
As vezes some a dor, como se não houvesse
Outros momentos apenas sufoca...
Pode ir
Afinal sou apenas um peso morto
Os fantasmas já me consumiram
Basta agora esquecer o resto...
Entranhas queimam
Falsos vícios e prazeres, pra que?
Se após o gozo o vazio me mata
A solidão inunda cada fibra...
Admito errei muito
Eu me coloquei nessa encruzilhada
Já tentei vender minha alma,tantas vezes
Ninguém quer algo tão barato...
Apenas uma vez
Queria uma mão estendida
Estou aqui para todo sempre
Juro que não desperdiçaria...
Agora devo continuar
Me arrastando
Arranjando desculpas para viver
Rezando para um dia finalmente conseguir...
O que falta é um abraço
Um eu te amo sincero
Apenas um sorriso e a fé
Balsamo para sanar tantas feridas...
Sou um lobo ferido
Comendo a própria pata
Insano vivendo no passado
Memórias nem sempre felizes...
Me esqueça
Vire a pagina
Afinal sou uma tormenta
Que irá passar...
Será que algum dia percebeu essa dor ?
Sentiu o desespero que apenas cresce
Será que ouviu alguma vez esse grito
Esse pedido de ajuda..."
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Trilha de migalhas...
" Sinto tanta falta do doce da vida
Sinto falta de nossas conversas
Estou a caça, dança que move essa noite
Girando, correndo sem direção
Lembro que tínhamos todas as pedras
Montamos nosso caminho para um lugar melhor
Onde na estrada me perdi ?
Minha doce pequena por que me abandonou?
Eu sempre estava lá por você
Em todas suas quedas e dificuldades
Eu sempre estava lá por você
Nas suas tormentas, nos pontos mais escondidos...
Me pergunto por que caminho trilhar
Agora estou em meu pior momento
De joelhos, quantas almas já vendi?
E você jurou nunca me abandonar
Nunca deixar, então me pergunto onde está?
Se machucou novamente ? O diamante foi trincado?
Estou a seguir as migalhas, guiam até você
Esse mapa de cacos tão brilhantes, seu coração ?
Não paro de seguir e seguir,
não quebro minhas promessas
Mas agora não há nada que eu possa fazer
São tantos cacos, é como ver um céu estrelado
Que estou a seguir e seguir, é seu coração ?
Ouço sua voz enquanto sonho
Me chamando, que difícil tentação
Um fantasma veio até mim? Será você ?
Agora não consigo esquecer
Simplesmente não consigo parar de ver...
Eu sempre estava lá por você
Em todas suas vertentes mais impossíveis
Eu sempre estava lá por você
Nas suas fúrias, em cada louca devassidão...
Agora que finalmente me encontrei, onde está você?
Quando eu estava no fundo do poço
Tentando respirar, quantas malditas almas vendi ?
E falou tantas vezes conte comigo
E eu me pergunto onde estava sua mão
Quantos caminhos tomei, como estou perdido,
longe de mim
Todos seus caminhos te trouxeram pra mim
Será que sou eu que estou te perseguindo?
Veja melhor seu mapa, pois o meu vai até você
A trilha de migalhas vai até você
Quem quebrou seu coração dessa vez?
Consigo ver ponto por ponto
Uma constelação de dor, sofrimento e desilusão
Não há nada que eu possa fazer
Faz tempo que minhas mãos não tocam o céu...
Eu sempre estive aqui por você
Em suas dores mais obscuras
Em seus piores pesadelos
Por que me vê como um lobo a te caçar?
Sou um anjo a te ajudar...
Estou aqui e por onde estava ?
Eu estava em meu pior momento
Minha pior dor e sozinho. Por que me abandonou?
Você jurou pelo eterno
Estaríamos juntos até o fim
Agora me pergunto para onde foi todo aquele amor?
Agora todos os caminhos me trazem a você
Quantas trilhas terei que seguir
Ver seus cacos espalhados por ai
Quem quebrou seu coração dessa vez?
Todos os pontos ligam até você
Mas não há mais nada que possa fazer
Eu me ergui sozinho do meu pior momento
Entendi que minha trilha é assim, solitária
Infelizmente, meu amor, não serei eu a te unir
Nem seguir..."
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Velho lobo . . .
" Meus olhos velhos e cansados
Já não choram mais
Minha alma tão angustia e sofrida
Não mais deseja o amor, que nunca tive...
Agora é um caminho solitário
Uma trilha sem fim
Caça perdida
A ultima noite do lobo...
Em quantas armadilhas cai
Quantas mentiras acreditei
Omissões
Falsas mascaras quebradas...
Chaga a sangrar
Atrair os predadores
Sou um alvo fácil
Sempre me apaixono, sempre me perco...
Não tenho mais forças
Esquecido dentre tantos
Mais um, apenas e somente mais um
Um detalhe sem vida...
Mãos calejadas
Pés esfolados
Olhos tristes
Coração sem bater...
Acreditei em um paraíso
Um lugar bom
Um sorriso novo a cada dia
Apenas sonhos desfeitos... jogados na lama...
Encontro-me cada vez mais só
Observando esse olhar
Que tanto amou
Perdido num copo de bebida...
Continuando a caminhar
Inúmeras vezes apenas continuando
Sem alegrias ..
Sem intensidade...
Fogo sem arder
Gelo em lascas
Terra sem vida
Ar sujo...
Continuo nesse caminho
Tantas vertentes, tantos sucessos
E justo nessa
Azares
Chama fátua
Coração congelado
Pântano imundo
Sem ar para viver...
Agora é um caminho solitário
Uma trilha sem fim
Caça perdida
A ultima noite do lobo...
Meus olhos velhos e cansados
Já não choram mais
Minha alma tão angustia e sofrida
Não mais deseja o amor, que nunca tive..."
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Queda...
" Ao acordar desse sonho
Não posso dizer nada do que vi
Devo deixar para trás
Se eu pudesse te fazer acreditar...
Eu não posso crer
Não posso mais ouvir
Sons do passado
Tudo que já me disse...
Mas algo me diz
Me faz sentir
Que esse não é meu paraíso
Não é meu lugar...
Tão familiar para mim
Dar um passo para eternidade
Concordo com seu dizer
Lá é um lugar belo e intocável...
Somos tão sós
Esse calor que nunca tinha conhecido
Então fique comigo
Não deixe nosso mundo ruir...
Mas algo me diz
Me faz chorar
Que esse não é meu doce lugar
Não é meu paraíso...
Estou caindo
Adormecido
Sem peso algum
Não consigo dizer, te amo, não mais...
Todas as promessas que fiz
Lutei para manter
Agora todas são pó
E se esvaem no ar...
O mais claro dos sonhos
Será que minha vida foi tirada de mim?
Será que sou apenas mais um sonho?
Um fio na trama do tecelão?
E se eu voltar
Retroceder
Retornar e contornar
Será que mudaria devido minhas dores?
Posso me ouvir chorar
Naquela noite que me encontrou
Posso me ouvir dizer
Que sempre te amei...
É como um cristal
Derrubado
Um segundo antes de se romper
O soluço pausado, nada voltará a ser...
Nós teríamos um lugar
Um ponto longe de tudo
Todos
Poderíamos nos esconder...
Tudo ficaria bem
Hoje, nessa eternidade
Em seus braços
Encontro meu paraíso...
E ao acordar desse sonho
Não poderia dizer nada do que vi, senti
Devo deixar para trás, abrir mão
Se eu pudesse te fazer acreditar,
nesse nosso paraíso..."
Trocas...
" Toque-me com suas garras
Arranhe e marque
Dedilhe seu brinquedo
Aos seus pés, homem caçado...
Vista sua fantasia
Coloque sua melhor mascara
Vamos bailar
Seja tudo para seu brinquedo...
Sinta o fervor
O calor louco dessa tarde
Vamos dançar
Nesse insano sonho seu...
Marque e sangre
Mostre o que é seu
Demonstre em belo trabalho
Lapidado aos seus pés...
Seus lábios
Vontade
Tesão
Coleira para meu monstro, seu lobo...
Brinque comigo
Entregue e devoto
Conquisto seu coração
Sua vontade e submissão...
Cada momento sua força
Se mescla com a minha
Sua sede se torna minha fome
Seu prazer é meu delicioso sonho...
E por fim caída
Arranhe e marque
Dedilhe seu brinquedo
Aos seus pés, homem caçado...
Vista sua fantasia
Coloque sua melhor mascara
Vamos bailar
Seja tudo para seu brinquedo...
Sinta o fervor
O calor louco dessa tarde
Vamos dançar
Nesse insano sonho seu...
Marque e sangre
Mostre o que é seu
Demonstre em belo trabalho
Lapidado aos seus pés...
Seus lábios
Vontade
Tesão
Coleira para meu monstro, seu lobo...
Brinque comigo
Entregue e devoto
Conquisto seu coração
Sua vontade e submissão...
Cada momento sua força
Se mescla com a minha
Sua sede se torna minha fome
Seu prazer é meu delicioso sonho...
E por fim caída
Tremula
Minha presa
Que por tanto tempo cultivei...
Névoa nos cobre
Pecados e ofertas
Trocas, olhares e permissões
O monstro sai da toca, enfrente minha fome...
A mercê de meus toques
Agora é meu brinquedo
Meu diamante lapidado
Meu rubi de sangue unico e cuidado...
Minha presa
Que por tanto tempo cultivei...
Névoa nos cobre
Pecados e ofertas
Trocas, olhares e permissões
O monstro sai da toca, enfrente minha fome...
A mercê de meus toques
Agora é meu brinquedo
Meu diamante lapidado
Meu rubi de sangue unico e cuidado...
Agora lhe domino
Vontade, carne e alma
Por meus dedos seus gemidos
Por minha mão sua servidão...
Louca suas palavras
Tormenta de prazer
Gozo e lascívia
Luxuria em seus tons, pensamentos...
Sua saliva e suor
Seu cheiro a me encantar, agradar
Escorra em pleno ápice, sinta meu calor
Eu senhor de ti, modelador e escultor...
Na mais profunda sombra
Você e unicamente você
Admira meu monstro
E o chama para duelar...
Fuja com seu lobo
Esqueça o mundo
Aqui em nossa toca
Apenas eu e você, minha caça e caçadora...
Meu demônio succubus a provocar
Arqueando e seduzindo
Guardo seus segredos
Como você guarda meu monstro...
Simbiose única
Fuga louca e única
Mordida no lábio
Sua saliva e suor
Seu cheiro a me encantar, agradar
Escorra em pleno ápice, sinta meu calor
Eu senhor de ti, modelador e escultor...
Na mais profunda sombra
Você e unicamente você
Admira meu monstro
E o chama para duelar...
Fuja com seu lobo
Esqueça o mundo
Aqui em nossa toca
Apenas eu e você, minha caça e caçadora...
Meu demônio succubus a provocar
Arqueando e seduzindo
Guardo seus segredos
Como você guarda meu monstro...
Simbiose única
Fuga louca e única
Mordida no lábio
Uno em corpo, alma e espírito...
Sua sede e minha fome
Seu desejo e meu anseio
Sua sede e minha fome
Seu desejo e meu anseio
Sua tormenta e meu paraíso
Complementares, naturalmente assim..."
Viajante...
" Meus velhos ossos doem
Rangem
Sinfonia em lamento
Caminho sobre os escombros,
dessa tola vida...
Meu olho bom vê os lamentos
Dessa existência
Corpos de um passado
Que deveria ser esquecido,
deixado para a nada se alimentar...
Meu rogo
Palavras certeiras como lança
Acertam apenas os infrutíferos frutos
Da arvore da minha multi vida,
Até quando o azar se nutrirá de mim...
Meu viajar
Disfarces para encenar mais um dia
Poeta, pai, amante, tolo, amigo
Simplesmente um nada,
entregue a própria sorte, um par de dois...
Minha trilha de cadáveres
Quantas vidas toquei
Destruí ou nutri
Será chegada minha hora,
o ultimo ato desse velho louco...
Meus punhos eu cerro
Junto as ultimas forças
O brado de um guerreiro
Nas portas do Valhalla,
sorrindo e satisfeito (será?)...
Meus pecados peço perdão
Erros e acertos
Cada linha que escrevi
Tortas ou amargas,
corretas ou belamente doces...
Esqueça esse velho
Não é nada importante
Deixe ele partir
Afinal,
sou um velho viajante...
Meu caminho é assim
Fantasmas ao meu lado
Vozes lembrando cada falha
O peso do mundo em minhas costa,
mas continuo lutando, até o fim..."
Surto de retalhos...
" Quero que me prove
Engasgue
Sinta e queria mais
Sua fome, salivando, querendo...
Devore-me com sua insanidade
Encare e saciei essa minha vontade
Deguste até a ultima gota
Suor e prazer...
Quero provar seu gosto
Lambuzar meus lábios
Rosto e mãos
Em teu mais puro e puto gozo...
Me alimente
Sirva a esse monstro todo seu prazer
Tesão e loucura
Oferte seu gemido, grito e espasmo...
Assim escorro por seus dedos
Molhos seu rosto
Pingo em sua língua
Ofereço meu grito de mais...
Fome de te rasgar
Entrar sem cerimônia
Tomar seu interior
Preencher para que não me esqueça...
Sentir sua luxuria, anseio e devorar
Quero que perca os sentidos, em meus olhos
Em um mel de prazer
Fome de te usar...
Devassidão louca
Acordo pensando em você
Sua boca, língua
Saliva a pingar...
Seu prazer a escorrer
Ápice encontrado..
Gemidos, gritos
Sua respiração que amo
de prazer..."
Ermo só . . .
" Pensei que iria entender
Você mais que ninguém
Parceira
Armas com armas...
Achei que leria meus olhos
Sentiria o que sinto
Entenderia meus sinais
Contaria as vezes que digo, socorro...
Mas parece que estamos
Num emaranhado
Trama grudenta
Desentendimentos tolos...
Será tão difícil me ler ?
Ver o quanto me dói
Feridas abertas
A minha incapacidade...
Verdadeiramente achei
Que mostrar minhas fraquezas
Te faria entender
Te faria ser meu balsamo...
O que consegui foi te afastar
Agora a guerra é minha
Sozinho novamente
Sem ninguém para ao menos olhar...
Admito sou um fracassado
Que guerreiro que não tem armas
Ou clérigo sem fé
Mago sem truques...
É como uma roleta
Parece que quanto mais perto
Mais longe fico
Que paz é essa ?
Do que adianta falar ?
Sou um ser fora do meio
Uma sombra
Um fantasma sem proposito...
Jurei para mim que seria dessa vez
Sem mentiras, sem omissões
Mas parece que sou eu a mentira
Um ser efêmero, um cheiro do passado...
Vou para a batalha
Sozinho
E ninguém a entender
Somente essa loucura a consumir...
Entro nessa arena
Vejo meus pesadelos
Meus nêmesis
Alias, que venham, afinal sou um deles..."
Sangue ruim . . .
" Encare os fatos
Sou sangue ruim
Um espinho
Um maldito calo a incomodar...
O que há de bom ?
Será que um monte de lixo
Serve para algo,
fora feder ?
Sou um maldito jogado pelos cantos
Meu sangue é sujo
Como meu rosto
Mascara fincada na carne...
Quem amaria isso ?
O que posso fazer ?
Essa melodia em loop
Não sai da mente, nem da pele...
Uma tatuagem do passado
Ferro em brasa a marcar
Fedor que não sai
Punhos sangrando, carne viva...
Será que o monstro se cansou ?
Será que a vida é só isso mesmo?
Sabe quando respirar é difícil ?
Tremer ao tentar andar...
Pesadelo ruim
É isso que sou
Um amargo na boca
Que ninguém quer repetir...
Sou sangue ruim
Vaso trincado
Diamante estilhaçado
Apenas um monstro perdido...
Um tolo
Observando a vida
Não há paraíso ou inferno
Apenas um vazio, um eco, uma falha...
Sem fé nem esperança
A voz que nunca se cala
O dedo apontado para mim
Sempre e sempre...
Sou sangue ruim
Roda quadrada
O amargo e azedo
O monstro cansado do vazio..."
Sou sangue ruim
Um espinho
Um maldito calo a incomodar...
O que há de bom ?
Será que um monte de lixo
Serve para algo,
fora feder ?
Sou um maldito jogado pelos cantos
Meu sangue é sujo
Como meu rosto
Mascara fincada na carne...
Quem amaria isso ?
O que posso fazer ?
Essa melodia em loop
Não sai da mente, nem da pele...
Uma tatuagem do passado
Ferro em brasa a marcar
Fedor que não sai
Punhos sangrando, carne viva...
Será que o monstro se cansou ?
Será que a vida é só isso mesmo?
Sabe quando respirar é difícil ?
Tremer ao tentar andar...
Pesadelo ruim
É isso que sou
Um amargo na boca
Que ninguém quer repetir...
Sou sangue ruim
Vaso trincado
Diamante estilhaçado
Apenas um monstro perdido...
Um tolo
Observando a vida
Não há paraíso ou inferno
Apenas um vazio, um eco, uma falha...
Sem fé nem esperança
A voz que nunca se cala
O dedo apontado para mim
Sempre e sempre...
Sou sangue ruim
Roda quadrada
O amargo e azedo
O monstro cansado do vazio..."
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