quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Viajante...


" Meus velhos ossos doem
Rangem
Sinfonia em lamento
Caminho sobre os escombros,

    dessa tola vida...

Meu olho bom vê os lamentos
Dessa existência
Corpos de um passado
Que deveria ser esquecido,

    deixado para a nada se alimentar...

 Meu rogo
Palavras certeiras como lança
Acertam apenas os infrutíferos frutos

Da arvore da minha multi vida,
    Até quando o azar se nutrirá de mim...

Meu viajar
Disfarces para encenar mais um dia
Poeta, pai, amante, tolo, amigo
Simplesmente um nada,

    entregue a própria sorte, um par de dois... 

Minha trilha de cadáveres
Quantas vidas toquei
Destruí ou nutri

Será chegada minha hora,
    o ultimo ato desse velho louco...


Meus punhos eu cerro
Junto as ultimas forças
O brado de um guerreiro
Nas portas do Valhalla,

    sorrindo e satisfeito (será?)...

Meus pecados peço perdão
Erros e acertos
Cada linha que escrevi
Tortas ou amargas,

     corretas ou belamente doces...

Esqueça esse velho
Não é nada importante
Deixe ele partir
Afinal, 

    sou um velho viajante...

Meu caminho é assim
Fantasmas ao meu lado
Vozes lembrando cada falha
O peso do mundo em minhas costa,

   mas continuo lutando, até o fim..."

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