quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ermo só . . .


" Pensei que iria entender
Você mais que ninguém
Parceira
Armas com armas...

Achei que leria meus olhos
Sentiria o que sinto
Entenderia meus sinais
Contaria as vezes que digo, socorro...

Mas parece que estamos
Num emaranhado
Trama grudenta
Desentendimentos tolos...

Será tão difícil me ler ?
Ver o quanto me dói
Feridas abertas

A minha incapacidade...

Verdadeiramente achei
Que mostrar minhas fraquezas
Te faria entender
Te faria ser meu balsamo...

O que consegui foi te afastar
Agora a guerra é minha
Sozinho novamente
Sem ninguém para ao menos olhar...


 Admito sou um fracassado
Que guerreiro que não tem armas
Ou clérigo sem fé
Mago sem truques...


É como uma roleta
Parece que quanto mais perto
Mais longe fico
Que paz é essa ?

Do que adianta falar ?
Sou um ser fora do meio
Uma sombra
Um fantasma sem proposito...


 Jurei para mim que seria dessa vez
Sem mentiras, sem omissões
Mas parece que sou eu a mentira
Um ser efêmero, um cheiro do passado...


 Vou para a batalha
Sozinho
E ninguém a entender 

Somente essa loucura a consumir...

Entro nessa arena
Vejo meus pesadelos
Meus nêmesis
Alias, que venham, afinal sou um deles..."  

 

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