quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sangue ruim . . .



 " Encare os fatos
Sou sangue ruim
Um espinho
Um maldito calo a incomodar...

O que há de bom ?
Será que um monte de lixo
Serve para algo,
fora feder ?

Sou um maldito jogado pelos cantos
Meu sangue é sujo
Como meu rosto
Mascara fincada na carne...

Quem amaria isso ?
O que posso fazer ?
Essa melodia em loop

Não sai da mente, nem da pele...

Uma tatuagem do passado
Ferro em brasa a marcar
Fedor que não sai
Punhos sangrando, carne viva...

Será que o monstro se cansou ?
Será que a vida é só isso mesmo?
Sabe quando respirar é difícil ?
Tremer ao tentar andar...


Pesadelo ruim
É isso que sou
Um amargo na boca
Que ninguém quer repetir...


Sou sangue ruim
Vaso trincado
Diamante estilhaçado
Apenas um monstro perdido...


Um tolo
Observando a vida
Não há paraíso ou inferno
Apenas um vazio, um eco, uma falha...

Sem fé nem esperança

A voz que nunca se cala
O dedo apontado para mim
Sempre e sempre...

Sou sangue ruim
Roda quadrada
O amargo e azedo
O monstro cansado do vazio..."



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