sexta-feira, 18 de julho de 2014

Distopia. . .


"Todos os caminhos
          são errados
Todos os sentimentos
          são errados
Todas minhas loucuras
          são corretas...

Não há mais ar para respirar
Pés e mãos presos
Cego e mudo
Nessa sombra que criei
O silencio me enlouquece
Flashes de meus erros
Fantasmas
Mesmo cego, vejo
Mesmo mudo, grito
Já estou louco, no cume
Distopia

Já fui um ladrão
Corsário, monge, frei, impura
Agora sinto essa loucura
Todos eles se movendo
Dentro de mim
Comendo meus pedaços
Tentações...

Deixo as luzes ligadas
Quem sabe um dia eu volte
Me sinto sujo... tão imundo
Vou para além do arco iris
Sem pensar, sem remoer
Sorria, afinal a mente esta nublada
Uma erva daninha no meio das rosas...

Venha entre e satisfaça
Sua curiosidade, sua ansiedade
Minha mente é uma tormenta
Luz e sombras
Vozes e paranóia
Já se assustou a noite ?
Dentro de seus pesadelos
Até meus sonhos bons
Se despedaçam...

Abro meu álbum de memorias
Vejo fantasmas sorrindo
Movendo, bailando... Morrendo
Não adianta me procurar
Me perdoe...
Sinto muito, mas quem você chamou
Não se encontra...

Já fui um barão
Conselheiro, ferreiro, gay, puta
Vivo nessa plena insanidade
Pele rasgada todos eles
Dentro de mim
Roendo minhas estruturas
Sou um tolo, bobo, lobo
Apenas um monstro...

Apago as luzes, limpo meus rastros
Um dia retorno
Arranco essa casca, essa mascara
Sufoco essa maldita sorte azarada
De tanto pensar me devoro
Tempestade tão bela...
Sobrevoo da Phoenix...

Adentre minha mente
Estou são
É o reflexo da escuridão
Em plena pura luz
Distopia
Não tenha medo
Veja em meus olhos
Saboreie a confusão
Vejo meu monstro faminto
Meu leão enjaulado...

Liberto toda minha praga
Mostro minhas chagas
Todos me devoram por dentro
Malditos lobos nas paredes
Será que já parti
Ou apenas quebrei???

Apague as luzes
A festa acabou
O espetáculo terminou
Não deixe a porta aberta
Lembre feche as cortinas
Corto essas linhas
Antes mesmo que parcas decidam

Uma bela confusão
Linda distopia
Puro e profano
Luz e escuridão
Distopia
Malditos monstros
Todos famintos
Querendo um pedaço de mim...

Mesmo cego, vejo
Mesmo mudo, grito
Já estou caindo ainda no cume
Distopia.." 


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