terça-feira, 23 de junho de 2015

Lucidez onírica.



" Olhe ao seu redor, 
Pensas que ninguém te vê? 
Pra quê tanto drama? 
Onde deixaste teus curativos? 
Achas louvável sangrar até cair?
Ninguém quer saber de um falso herói, heróis verdadeiros escondem suas feridas. 
Heróis não querem que ninguém os veja sangrar. 

Guerreiro, não há tempo para dores, a vida continua, parar é ver o futuro morrer. Lute sempre, lute como o guerreiro lendário que és!
Todos sabem de tua força, todos aguardam tua superação, mas não lhe dão a mão para que não logres com eles novamente, para que de tua boca embriagada não saiam calúnias por quererdes permanecer no chão. 

Novamente a mesma cena, embriagado pensas estar à beira da morte.
Um grande guerreiro derrotado por sua embriaguez de amor. 
Tua aparente decadência tem simples solução, porém tua insanidade temporária o cega.

Admiro te quando grande guerreiro, não quando tolo monstro. Ainda que sejam duas faces da mesma moeda, um monstro sóbrio tende a não destruir o que o guerreiro construiu, no entanto a embriaguez faz parecer que não há resultados, que tudo foi pra nada.

Todos te enxergam, apenas cansaram de sofrer por te ver lado monstro destruir lado guerreiro, a embriaguez destruir todas os pilares, civilizações inteiras que te respeitavam rindo de um bêbado de esquina.

Ainda o vemos, guerreiro, apenas não queremos mais sofrer vendo em ti nossa grande fraqueza, destruindo em nossa embriaguez o que construímos em nossa lucidez. 

Ou seria o contrário? 
Lucidez onírica. "

Sally Morryson.

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