segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Uma Longa História...




Elfos caminham
Pelas colinas
Pelos mares
Pelas florestas

Humanos guerreiam
Pelas cidades
Pelas estradas
Pelos castelos

Anões cavam
Pelas montanhas
Pelas cavernas
Pelos vales

Fadas cantam
Pelas salas de âmbar
Pelas orquídeas centenárias
Pelos bosques

Orcs matam
Por qualquer lugar
Por qualquer motivo
Por qualquer crença


Um tolo conselheiro procura
Em todos os ambientes
Em todos os castelos
Em todos os reinos
Em todos os planetas

O velho bardo
Em um bar qualquer
Com sua rabeca
Com sua fala

Conta sua história
Sua não, a de alguns heróis
Que venceram
O maior inimigo de Arcádia

O destino corre
A felicidade que reinava
Mas que é destinada pelo caos e pela escuridão
O negrume cerca os bom

A família, nada pode fazer
A ordem, não está preparada
Os arautos se aproveitam
E destroem tudo



Um grupo é chamado
Os mais tolos
Ou mais corajosos
Ou um pouco dos dois

Quem é o líder?
Ninguém
Quem é o responsável?
Ninguém
Quem é o traidor?
Ninguém. Será?

A princesa rainha Yshita
A líder e a esposa
A teimosia e o medo
A coragem e a fraqueza

O guerreiro matador Kron
O especialista, o condutor
A vontade e o amor
O sangue e o ódio

O velho forjador Zazma
Amante das pedras
Enamorado dos mitriis
A experiência e ganância




A rainha Mikrael
A mais forte e frágil
A mais amada e odiada
A magia em dom e palavra

O mestre escuro
A trapaça e a mentira
O detestável e o vil
O falso e amargo

E o senhor das águas
Conselheiro e amigo
Jogador e consciência
Amante e amado
O fracasso e o derrotado

Eis o grupo
Destinado ao sucesso e ao fracasso
A vida próspera é a morte
O grave e o agudo

Caminham por dias
Rastros de morte e destruição
São seus guias
Sobreviventes são testemunhas
Dor horror e desgraça


Bebem e comem, pouco
A revolta os alimenta
A morte é uma eterna visão
Que é sentida a cada cidade
A cada corpo sem vida

A princesa chora
O guerreiro odeia
O anão reza
A fada cura
O orc sorri
O conselheiro prevê mais mortes

A cada dia o arauto destrói
A cada noite os heróis o perseguem
A cada hora a batalha se aproxima
A cada segundo Chronos observa
O casal se olha
A distancia é uma ferida mantida

O destino chega
O bardo chora
A terra reclama
O sangue derramado
O sofrimento futuro

Nenhum som é escutado
Os heróis observam
O arauto do caos
O leviatam
A serpente centenária


Um vestido branco
No alto da cobra é visto
A dama do caos
Controla a besta
É ela que mata, ela que odeia

A batalha se inicia
Espadas, arcos, escudos, magias
Nada atinge o animal
O conselheiro observa
Ele apenas observa

Horas não são contadas
A eternidade é um breve sopro
Na batalha pelos jardins centrais
A dama grita, impera e comanda
Os heróis suam, desafiam, enfrentam
E ele apenas observa, apenas observa

A elfa respira
A magia é seu espírito
Corre como seu sangue
Ela ordena, o vento obedece
Tornados e tormentas aparecem

O humano ajoelha
Reza pelos deuses
Corre para sua vitória ou sua derrota
Empunha sua espada, já tão manchada
E a finca no leviatam




O anão nada faz
Grita para seu machado
Corre pensando em seus tesouros
Gira o mais rápido seu amigo
E destrói músculos e ossos

A fada quase perde
Cura seus amigos
Corre e vê a destruição
Suas mãos se movem
Magias são soltas como borboletas

O orc apenas ri
A baralha é sua vida
Corre para o caos, para abraçá-lo
Suas mãos são suas armas
Com a vontade soca, bate, grune

O conselheiro observa
Espera o movimento certo
Concentra o seu espírito
A consciência cresce, o Myryu domina
E acontece

O momento tão esperado
Seus amigos quase tombam
O conselheiro voa, não ataca a besta
E sim a dominadora
Seu golpe perfeito, seu riso visto


A dama cai
A besta tomba
Os heróis vibram
O mundo silencia
O caos perde




A elfa princesa beija seu amado
O guerreiro respira aliviado
O anão corre para cortar o chifre da besta
A fada chora feliz pelo término do terror
O conselheiro beija sua princesa esposa amada

E o orc?
Bom ele se foi
Sua missão acabou
Sua divida foi paga
Ele sorri para seu amigo conselheiro
Seu amigo conselheiro se despede

Um longo trajeto foi completado
As vilas reconstruídas
A morte trocada
A esperança renascida
Os amores reunidos

Tarde par ao resto
A história foi longa
Não tenho mais nada a contar
O bardo peca em cantar demais
Mas antes quer saber

A elfa rainha ama e é amada
Governa e sofre
O humano ainda luta
Tenta ser honrado e amado
O anão se aposentou
Só forja para seus bons amigos
A fada ainda governa
Busca seu rei e sua filha
O orc é líder, pai e rei
Do lado do caos agora vive
O conselheiro
Ainda ama sua esposa
Procura saber porque sempre sofre
Para descobrir que isso não é nada

Continua a vagar, disfarçado
Em algum bar, com uma rabeca

Falando de seus fatos, amore e
Tristeza. 
Ops, falei demais. 
Risos.




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