segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Tom de blues . . .




" Minha vida 
As vezes é esse tom
Um meio blues
Azul em todos os sentidos...

Quantas vezes me senti
Sozinho
Triste
Apenas amargurado...

Por mais que rezasse
Procurasse um sentido
Nessa vida tão medíocre 

Sempre a mesma resposta...

Corri para todos os lados
Fiquei apenas parado
Tentei muitas coisas
Muitas delas nem me orgulho em dizer...

É como uma gaita desafinada
Em um solo no meio do nada
A beira de um lago seco
Cobras e lagartos a dançar sobre meu cadáver...


Muitas vezes peguei chapéu e fugi
Tantas outras fiquei e lutei
Mas todo os resultados
São semelhantes... Azul em todos os sentidos...

Um sonhador ainda sonambulo
Olhando ao redor
A beira de um precipício

Entre o cair e o acordar...

Solo de guitarra sem cordas
Ser um dos irmão sem terno
Um blues intenso
Tão triste e amargo...

Noite fria de junho
Aquele bater de palmas desritmado
Terceira voz perdida
Apenas uma ferida aberta sem cura...

Nunca me senti em um lugar
Quando achei que tinha encontrado
Fizeram questão de lembrar
Menino esse lugar nunca será seu...

Um blues triste
Em um bar vazio
As moscas a curtir
Como um escultor sem cinzel...

Por mais que rime
Todas as palavras
Saem meio iguais
Todas em meio do escuro azul...

Olho para os lados
Sou apenas mais um estranho
Um peixe fora da água

Apenas velho antigo entre os jovens...

Penso em ir para outro lugar
Mas a historia se repete
Sempre e continuamente
Esse blues a tocar...

É continuar a cantar
Mesmo desafinando
Sem o ritmo certo
Com a mesma melodia a ressoar...

Praia nublada
Vida sem açúcar
Ou seria sem sal
É como amar sem nenhum prazer...


Continuar nesse blues amargo
Quase sofrido
Triste caminho
Sem se sentir em lugar nenhum...

Dança solitária
Aprendizado duro
Sozinho nessa noite fria
Tão azul... Em todos seus tons de azul..."



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