domingo, 17 de agosto de 2014
Catavento...
" Vento que gira
Move
Faz esquecer
Mudar o rumo, pleno anoitecer...
Tormenta
Longínqua
Milhas corridas
Vento discreto, rumo incerto...
Dança de folhas
Nuvem de chuva
Orvalho em gota
Terra revolta, semente jogada...
Catavento quebrado
Gira mundo
Biruta torta
Ergue e assopra, cai e apoia
Pensamento solto
Vento rasteiro
Voz imersa
Tolo sofrimento,.,
Vento distante
Zumbido matreiro
Tornado em fúria
Tempestade em luxúria...
Barulho marcante
Vento inebriante
Querida amargura
Enfadonha mordedura
Giro raivoso
Cólera passada
Rajada de vento
Maldoso agouro, ideia trocada...
Espiral em silêncio
Redemoinho travesso
Desejo engarrafado
Pulo rápido, destro e direto esconde o esquerdo
Vagalumes vagueiam
Cantos pastores
Nuvens pastando
Em mar de doce azul...
Vento querido
Arrasta seu mal
Leva me em nau
Velas em riste, viagem sem norte...
Catavento de metal
Galo imponente gira e torce
Distorce e inflama
Aponta e protege, range, treme e bate
Vento de pecado
Leve me na encruzilhada
Assine contrato
Voe sem retorno...
Vôo sem asas
Giro sem eixo
Catavento esquecido
Range. Retorce, brinca e aponta..."
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