segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Monstro interior . . .



"Não abaixe a cabeça
Olhe para mim
Veja o meu monstro
Observe o que realmente sou...

Não fuja
Não seja covarde
Olhe para mim
Veja o que sou, sua culpa...

É isso
Sou um parasita
Um imundo lixo
Desprezível...

Isso que você sempre foge
Escondendo atrás de tudo
De todos
Tremendo fracassado...

Erga esse rosto
Encare esse corruptor
Manipulador
Perdedor sem raça...

Acha que beber vai solucionar
Ou que fumar vai sumir
Sinceramente, se machucar
Não fará eu sumir...

Olhe para suas entranhas
Lá estou eu
Seu verdadeiro e único
Sou o monstro que vive em você

Eu sou você
Vivo entre seus comentários
Entre seus achismos
Encare sua realidade, pequeno rato...

Enxergue todo rastro de sangue
Isso é nossa culpa
Suas mãos estão tão sujas
Como as minhas...

Não adianta arranjar desculpas
Não entre em panico menininho
Não toque em nada vagabundo
Não use nada para maquiar o real...

Nossos castelos caem por sua culpa
Nós, herege amargurado
Eu apenas sou um anjo violador
Ou um demônio santificado...

Não adianta mais
Sou eu seu monstro
Acorde de seus sonhos
Nada vai acontecer...

Pare de se cortar criança
Respeite as promessas
Não chore
Afinal, a culpa é toda nossa...

Bastardo
Viciado
Faminto de que ???
Poeta sem rimas, ridículo...

Cadê sua força ?
Levante e lute
Prove-me que estou errado
Seu monstro...

Vamos olhe para o espelho
Erga os olhos
Levante a cabeça
Olhe-me, enfrente-me, vença-me...

Sou seu monstro
Você é parte de mim
Como sou infelizmente parte
Desse resto humano...

Abra bem os olhos, doçura
Seu fantasiar não vai te salvar
Viva sua cacofonia
Todas as vozes dizendo, culpado...

Dance sua valsa da derrota
Componha seus blues tristes
Escreva odes a seus fantasmas
Mas lute ou irei te devorar...

Deixe-me sair
Vou pisotear como todos
Arrancar seu otimismo
Cair nesse paralelo, o real...


Olhe para suas vísceras
Lá estou eu, parasitando
Seu verdadeiro e único, seu pesadelo
Sou o monstro, que somos nós..."


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