quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Chagas de um guerreiro . . .



“Danação
É a maldição que me persegue
Chagas aberta
Estigmas profundos...

Luta sem sentido
Pequeno patético
Contra um todo poderoso
Colossos...

Essa é minha vida
O peixe contra o Oceano
O pássaro no meio da Tempestade
O gladiador solitário contra leões...

Amaldiçoado
Eterna solidão
Apenas a perdição
Cavaleiro na eterna busca...

Pistoleiro com uma bala
Ermitão na multidão
Magico amputado
Corredor sem as pernas...

Batalha injusta
Sempre se sangra
Sempre rugi como um leão
Mas Lady Derrota sempre abraça...

De que adianta ser um Davi
Se esse Deus
Apenas protege
Os Golias sem fé...

Essa é minha existência
Morrer sufocado de tanto ar
Perdido com tantos mapas
Ser um mago e estar sempre na torre...

Cortem minha cabeça
Tenham piedade
Me joguem para os animais
Não deixe a chagas crescer...

Danação
Maldição vida após vida
Peste silenciosa
Estigmas de um perdedor...

Finque a lança em meu peito
Rasgue minha pele
Deixe a dor passar
Quem sabe posso sorrir...

Deixe o ceifador me abraçar
Levar para os portões
De onde não devo sair
Lamina passada no peito...

Vejo a destruição do passado
A guerra sem suas armas
Mãos e dentes
Contra seus malditos lobos...

Febre que domina
Doença esquecida
Peste sem cura
Levando todos, inimigos e aliados...

Sem mais fome
Apenas um esqueleto
Mais um dentre outros
Empilhados esquecidos...

Conselheiro fracassado
Em seu trono
Vazio, sozinho e esquecido
Apenas com Nada a acompanhar...

Dêem o tiro ultimo tiro
Encurtem o sofrimento
Deixe os abutres com os restos
Queimem tudo não se contaminem...”


Nenhum comentário:

Postar um comentário